Por Lílian Primo Albuquerque
Em abril deste ano, comentei com vocês que Elon Musk havia comprado o Twitter em um negócio avaliado em US$ 44 bilhões de dólares, notícia que repercutiu muito em diversas áreas, desde tecnologia à política. Porém, nas últimas semanas já havia rumores de que o bilionário estaria querendo cancelar essa compra por “quebra” de contrato por parte do Twitter. Até que na sexta-feira, 8 de julho, Elon Musk comunicou que está rescindindo seu acordo de US$ 44 bilhões para adquirir o Twitter, sob a alegação de que a empresa fez “representações enganosas” sobre o número de perfis falsos e contas robôs no serviço. Segundo Musk “O Twitter não cumpriu suas obrigações contratuais de fornecer informações sobre como avaliar a quantidade de robôs no seu serviço de mídia social”.
Memes
O Twitter, por sua vez, informou que irá processar o empresário para manter o contrato já firmado. “Tendo montado um espetáculo público para colocar o Twitter em cena e assinado um acordo de fusão favorável ao vendedor, Musk aparentemente acredita que ele ao contrário das outras partes sujeitas à lei contratual de Delaware é livre para mudar de ideia e zombar da empresa, prejudicar suas operações, destruir valor aos acionistas e ir embora”, informa um dos trechos do processo.
Aparentemente o empresário não ficou preocupado com a ação judicial. Ironicamente ele usou o Twitter para postar um “meme” com quatro expressões dele mesmo rindo cada vez mais com as seguintes frases em cada rosto: “Eles disseram que eu não podia comprar o Twitter.” “Então, eles não divulgaram informações dos robôs.” “Agora, querem me obrigar a comprar o Twitter no Tribunal.” “Agora, eles têm que divulgar informações dos robôs no Tribunal”.
Possivelmente, veremos nos próximos meses um dos maiores processos judiciais na área de tecnologia recente. De um lado, o homem mais rico do mundo e do outro, uma das redes sociais mais populares do planeta.
A pergunta é: quem vai rir por último?