Cinco pontos de vulnerabilidade foram encontrados no sistema eletrônico de votação brasileiro por um grupo de investigadores independentes. Eles participaram, durante seis dias, da sexta edição do Teste Público de Segurança, realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Ontem, ao divulgar o resultado do teste, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, no entanto, que nenhum dos planos de ataque executados ofereceu risco de alterar o resultado das eleições.
A primeira tentativa foi a impressão em 3D do painel da urna. A falsa parte dianteira da urna permitiria a captação da escolha feita pelo eleitor. Outro ataque permitiu a entrada dos investigadores nos sistemas do TSE, já na etapa de transmissão dos votos, que é feita via internet. Os outros três planos de ataque encontraram vulnerabilidades no sistema utilizado para transmissão dos resultados das seções eleitorais, no algoritmo de embaralhamento do Boletim de Urna e na votação por fone de ouvido de deficientes visuais.
Um relatório final com o detalhamento das observações dos investigadores, produzido por uma comissão independente, será divulgado no dia 15. Em maio do ano que vem, o mesmo grupo vai retornar ao TSE, antes da lacração do sistema para as eleições de 2022, para verificar se as vulnerabilidades foram resolvidas.