Banhistas e caminhantes que estavam na praia de Santos neste domingo (2), foram surpreendidos com a aparição e encalhe de um golfinho da espécie de cachalote-pigmeu (Kogia brevicep). O mamífero estava sangrando e mobilizou uma equipe do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar) e do Instituto Gremar para o resgate. O estado de saúde é grave.
Imagens divulgadas para a THMais mostram o momento em que populares se mobilizaram para garantir a sobrevivência do golfinho. Um guarda vidas também esteve no local para os primeiros socorros, enquanto populares ligaram para o Instituto Gremar para ir ao local.
De acordo com testemunhas ouvidas pela reportagem, era por volta das 9h, quando a cachalote-pigmeu foi avistada.
Segundo o Instituto Gremar, a equipe foi acionada por meio do Corpo de Bombeiros e chegou ao local para prestar atendimento ao animal por volta das 11h, em ação pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Segundo o instituto, o estado do golfinho é considerado grave. Aparentemente trata-se de uma fêmea juvenil, de aproximadamente 2,80m de comprimento, com uma lesão na região da cauda.
Veterinários e técnicos de campo medicaram e preservaram o animal, há cerca de 30 metros da faixa de areia. Os profissionais permanecem no mar, pois a equipe ainda irá definir se há condições de encaminhar o golfinho ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, em Guarujá.
Saiba mais sobre a espécie
Conforme informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o cachalote-pigmeu pertence à ordem dos cetáceos (baleias, botos e golfinhos) e possui características como presença dentes e apenas um orifício respiratório. Eles habitam águas costeiras e oceânicas e seu tamanho pode varia de 1,5 m para a Franciscana a 18 m para o macho adulto do cachalote.
A espécie ocorre preferencialmente ao largo da plataforma continental em águas tropicais e temperadas, podendo ser avistada solitária ou em pequenos grupos de até 6 indivíduos. Existem muito poucas informações sobre a espécie, fazendo com que ela seja classificada como contendo dados insuficientes (DD) para categorização de seu status de conservação.