O assunto é a taxa de juros, que se mantém em um nível elevado. Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decidiu, esta semana, manter a taxa SELIC nos atuais 13,75% ao ano, patamar em que se encontra há dez meses.
Mesmo com alguns indicadores econômicos melhorando, poucos acreditavam na redução da taxa básica de juros agora em junho. O problema é que o COPOM não deu nenhuma indicação de que isso acontecerá em agosto – como esperado pelo governo, empresários e mercado financeiro.
O COPOM adota uma postura cautelosa devido à inflação não estar caindo na velocidade desejada. Entre os riscos de alta, o comunicado do Comitê de Política Monetária menciona a “incerteza residual sobre o desenho final do arcabouço fiscal” que retornou à Câmara após sofrer alterações no Senado. Existem várias justificativas para termos a maior taxa real de juros do mundo. Por esse motivo, muitas pessoas estão curiosas para conhecer os argumentos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, quando finalmente ocorrer a redução da taxa SELIC.