A Polícia Federal (PF) começou desde a manhã desta quinta-feira (6), uma operação para combater os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. A corporação informou que os investigados praticavam operações de evasão de divisas, fraudes em contratos de câmbio e transações irregulares de instituições financeiras. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 129 milhões em bens e valores dos envolvidos.
Em Santos, há mandado de busca e apreensão a ser cumprida. Um homem, que seria cliente do grupo, é alvo das investigações e buscas foram feitas no imóvel dele, localizado na Ponta da Praia
A ação é liderada pela Polícia Federal de Campinas e ao todo são cumpridos oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de São Paulo. Além da cidade, as ações também se concentram em Santos, Amparo, Pedreira e São Caetano do Sul. Os alvos se dividem em pessoas físicas e jurídicas.
A corporação explica que a investigação teve início em outra operação, deflagrada em maio de 2021. Na ocasião, foi descoberta uma empresa, com sede em Amparo, que, segundo a Polícia Federal, atuava como correspondente bancário e se utilizava do grande volume de capital que recebia para praticar crimes.
Ainda de acordo com a PF, a empresa se utilizava do dinheiro de pagamentos de contas de luz, água e outros boletos, para fornecer dinheiro em espécie a operadores financeiros paralelos.
Além disso, a companhia também comercializava moeda estrangeira sem autorização e intermediava operações de evasões de divisas, conhecida como dólar-cabo, quando o dólar é negociado no mercado paralelo para depósito no exterior.
A operação desta quinta, que recebeu o nome de “Deep Bank”, tem o objetivo de reprimir a evasão de divisas e operações irregulares de instituições financeiras, com foco em clientes da empresa que atuava como corresponde bancário e utilizaram dos serviços da companhia para fazer remessas ilegais de dinheiro para fora do Brasil.
O nome da operação é uma referência à Deep Web para revelar um “submundo bancário”. As penas somadas chegam a 26 anos de prisão. Os crimes pelos quais os suspeitos vão responder são: gerir fraudulentamente instituição financeira; operar sem autorização instituição financeira; usar falsa identidade para fazer operações de câmbio e evasão de divisas.