Moradores do Jardim Irajá fecharam uma rua, por aproximadamente duas horas, com galhos, depois do capotamento no cruzamento das Cavalheiro Torquato Rizzi com João Gomes da Rocha. O local foi recapeado na segunda-feira e, desde então, as ruas ficaram sem a sinalização de solo. A Transerp não se pronunciou sobre o caso. A rua foi liberada por volta das 13h30.
O capotamento aconteceu no início da tarde desta terça-feira (3). O veículo avançou o cruzamento e, ao perceber que haveria uma colisão, acabou desviando o carro. Ele perdeu batendo em outro veículo, perdeu o controle do carro e acabou capotando. Nenhum dos motoristas teve ferimentos graves.
Não foi, entretanto, o único acidente no local. Na noite de segunda-feira (2), a reportagem do Grupo Thathi de Comunicação flagrou outro acidente, no mesmo local (veja vídeo abaixo).
“Depois que arrumaram a rua, ficou um inferno. Não entendo porque a prefeitura não faz tudo de uma vez. Já teve três acidentes sérios aqui depois que recapeou. E ninguém faz nada”, disse Rodrigo Falguetti, que mora na região.
Contra a lei
A reportagem ouviu o advogado Adhemar Padrão, especialista em direito de trânsito. Segundo ele, o Código de Trânsito Brasileiro estipula que é dever das autoridades de trânsito, de acordo com seu artigo 88.
O código estipula que “nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições adequadas de segurança na circulação”.
Segundo ele, qualquer vítima de acidente pode entrar com ação de indenização contra a prefeitura. “o erro gera uma responsabilidade objetivo. Nem cabe discussão de culpa, já que a prefeitura não cumpriu seu papel”, disse.
Outro lado
Procurado, o promotor Wanderley Trindade, que cuida do caso, informou que irá verificar os acidentes e que estuda as providências a serem tomadas.
Já Transep não se manifestou sobre o assunto até o fechamento da matéria. A Secretaria de Obras Públicas, entretanto, informou que irá solicitar que a empresa responsável pelo recapeamento do referido cruzamento execute o serviço de sinalização horizontal.
Mais casos
Não é a primeira vez que Ribeirão Preto tem acidentes por falta de sinalização depois do recapeamento das ruas. Em julho deste ano, o cruzamento das ruas Conselheiro Saraiva com a Santos Dumont, na Vila Tibério, registrou três colisões em uma semana depois do recapeamento.
Ainda na zona Oeste, a esquina das ruas Piauí e Santa Catarina, no Sumarezinho, registrou seis acidentes envolvendo veículos em cinco dias. O local foi recapeado e ficou duas semanas sem sinalização de solo.