Depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender o funcionamento do Telegram em território nacional, a empresa apagou o link do canal de mensagens do presidente Jair Bolsonaro. O político estava divulgando documentos de um inquérito sigiloso da Polícia Federal.
A investigação da PF que foi divulgada é relativa ao ataque hacker ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral em 2018. Até o momento, não há evidências de que as urnas eletrônicas foram corrompidas. A corporação também investiga as acusações feitas pelo governo federal de que ocorreram fraudes no sistema de votação brasileiro.
A retirada da postagem faz parte dos requisitos estabelecidos pelo ministro para que o aplicativo volte a funcionar no Brasil. Outras exigências de Moraes incluíram que a empresa indicasse um representante oficial do Telegram à Justiça e também informasse ao STF as providências adotadas pela rede social para o combate à desinformação e à divulgação de notícias falsas.
O presidente Jair Bolsonaro já havia se manifestado ontem a respeito do bloqueio ao aplicativo, afirmando que a ação “não tinha amparo na Constituição” e no Marco Civil da Internet.