Abel defende reforços do Vasco e destaca ‘trilogia’ com Barbieri e Bracks

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Diretor-técnico do Vasco, Abel Braga reforçou a convicção no trabalho feito pelo clube e elogiou os jogadores contratados para a temporada.

O QUE ACONTECEU

Abel deu uma entrevista ao podcast “Pod Pai Pode Filho”, do jornalista Téo José, no dia 26 de maio.

Naquele momento, a equipe vinha de uma sequência com três empates e três derrotas. Depois disso, o Vasco perdeu para Fortaleza, Flamengo e Internacional.

“Vai começar o Brasileiro, sai a tabela. Está na semana de começar e aqui no Rio a conversa era ‘vamos tentar um milagre?’. Que milagre? ‘Vocês vão começar o campeonato na terceira rodada, porque na primeira e na segunda é zero pontos’. Aconteceu o contrário. Ganhamos do Atlético e o Palmeiras empatou conosco. Não o contrário. É uma empresa americana que mexe com artista, show, o americano vai para ver show. Aqui é diferente”, disse.

“Além de criar a expectativa, agora veio um momento ruim. Nós vamos sair disso. Problema zero, não pense que estou apavorado. Por tudo que se faz, gostaria que estivesse melhor. Mas aí tem um protesto no CT, no escritório da empresa, faixa na Avenida Brasil. Tem que entender tudo isso. Só que aqui o torcedor não vai para o jogo para ver show. Não é entretenimento, é paixão. Dentro desses jogadores você não vê o Vasco contratar Raphael Veiga, Everton Ribeiro. Contratou bons jogadores, de nível, caráter, índole. Tem que ir alguém da empresa explicar o momento, como se trabalha. Eu quis explicar isso ontem. É diferente nos EUA, lá o cara se diverte”, defendeu.

Abel cita os primeiros protestos da torcida do Vasco na porta do CT e também no escritório da 777 na Barra da Tijuca. Alguns dias depois, membros de organizada chegaram a entrar no local de treinamentos para conversar com jogadores, comissão e diretoria.

“Estamos jogando bem. Joga contra o São Paulo, 2 a 2 no Morumbi. Empatar não é mau resultado. E ai perde o jogo. Leva três gols de contra-ataque. Esse é o detalhe. Quando faz 2 a 2, olha que tem 41 minutos. Vamos pegar a bola e esperar eles porque o desespero está com o São Paulo. Nós estávamos para empatar e empatamos. Estavam no ataque o Orellano, Alex Teixeira e Eric, são três velocistas que você nem imagina. Espera, compacta e o São Paulo vai errar no nervosismo. Falei para eles “não é possível que não tem nenhum de vocês… não é basquete que o treinador pode parar”. Conversei com o Jair, o Leo, temos que ser mais malandros”, afirmou.

BARBIERI, BRACKS E ELENCO

Abel saiu em defesa das contratações feitas pelo Vasco para a atual temporada.

“Hoje o time do Vasco, o Andrey já está vendido para o Chelsea. O único jogador do ano passado titular é o Pec. Contratamos um goleiro que estava na Rússia, o Jardim, excelente [nota da edição: Ivan era quem estava na Rússia. Jardim estava no Lille]. Um lateral-direito do Nacional, do Uruguai, que estava na Copa, o Pumita. O Robson, que estava no Nice. Capasso, central argentino. O Leo estava no São Paulo e vai para a seleção brasileira, não tem como. Contratamos o Piton, pré-convocado para a seleção italiana. O Jair, do Atlético-MG. Os três melhores atacantes do futebol brasileiro um deles era o Pedro Raul. O Orellano, ótimo jogador do Vélez. Vai parando para pensar, ótimos jogadores”, afirmou.

O dirigente também elogiou novamente o trabalho do técnico Maurício Barbieri e de Paulo Bracks, diretor executivo do Vasco.

“O Maurício não é só bom, é pouco para ele. Jogadores, qualquer um que perguntar, sempre o mesmo comentário: é muito bom. Tanto do detalhe, a maneira de explicar é muito clara. Só pede para fazer no jogo o que treina. É incrível. Está uma trilogia fora de série com o Paulo Bracks. Está me surpreendendo muito. Em conhecimento, relação humana, com os atletas. Os jogadores se sentem protegidos. O trabalho só não está rendendo no resultado. Vai jogar bem, bem, bem e não vai ganhar? Claro que vai. Cada jogo é uma esperança grande. Precisamos do resultado para voltar a confiança. Estou muito bem no cargo”, comentou.

“A diferença de SAF para clube é que vem o diretor, o vice de futebol ou o presidente depois do jogo e diz que mexeu errado, deveria ter colocado fulano. E você sabe que não tem nada a ver porque ele não acompanhou o treino. Ali [na SAF] não. Nossa relação técnica e tática é com o Paulo [Bracks]. Tinha trabalhado com o Paulo no Inter e tivemos uma relação legal.”

Redação / Folhapress

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