Flamenguista preso diz que não mirou em palmeirense ao jogar garrafa, afirma polícia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O torcedor do Flamengo preso pela polícia de São Paulo não faz parte de torcida organizada e negou que tenha mirado na palmeirense Gabriela Anelli Marchiano ao jogar garrafa. Ela morreu nesta segunda-feira (10).

A Justiça converteu a prisão dele em preventiva.

Segundo o delegado Cesar Saad, da Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), a briga que vitimou Gabriela ocorreu por volta das 18h, ou seja, três horas antes do início da partida, na rua Padre Antônio Tomás, na entrada do setor visitante.

Torcedores do Flamengo teriam arremessado garrafas contra torcedores do Palmeiras que estavam do outro lado de um alambrado.

O homem preso é flamenguista e morador do Rio de Janeiro. Ele relatou aos policiais não ter mirado a garrafa na direção de Gabriela, segundo o delegado.

De acordo com Saad, as imagens obtidas pela polícia mostram um início de confusão com a chegada de vans com torcedores do Flamengo, por volta das 17h30. Pouco depois, os torcedores começam a jogar as garrafas.

Saad explicou que Gabriela era associada da Mancha Alviverde. Ele estaria naquele ponto da rua já que era namorada de um integrante de uma outra torcida organizada do Palmeiras, a Porks,que estavam em bares e restaurantes da rua.

O técnico em eletrônica Ettore Marchiano, 49, disse para a Folha que a filha tinha uma paixão pelo Palmeiras. Quando criança chegou a entrar no gramado com o ex-goleiro Marcos, segundo a mãe, a babá Dilcilene Prado Anelli dos Santos, 49.

No sábado, Marchiano deixou Gabriela por volta das 14 horas na estação de metrô Campo Limpo, mesmo bairro da zona sul em que a família mora. Dali ela encontrou amigos e partiu para a Barra Funda, na zona oeste, onde assistiria ao jogo.

PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress

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