O golpe da portabilidade tem feito cada vez mais vítimas e geralmente lesa mais pessoas.
A ação criminosa acontece quando os criminosos se apropriam da linha telefônica da vítima ao solicitar portabilidade às empresas de telecomunicações. Se passando pelos clientes, eles ligam nessas companhias e passam dados pessoais, como nome completo e CPF, por exemplo. Eles pedem para que haja uma troca de chip, uma transferência para uma nova linha telefônica.
A partir daí os criminosos têm acesso a diversas mensagens e conseguem até logar nas redes sociais das vítimas.
Um dos casos aconteceu com a jornalista e proprietária do canal no Instagram “de onde vinho”, Pri Matta. Ela conta que estava viajando em suas de férias quando perdeu acesso ao Whatsapp:
“Isso me acendeu um alerta e fui correndo pro Instagram e tentar logar. Percebi que já tinha sido deslogada, tentei entrar usando a minha senha e vi que ela já havia sido alterada. Recebi muitas mensagens pelo celular do meu marido dizendo que havia sido hackeada. Os danos disso são imensuráveis, principalmente para quem trabalha e vive de rede social como é o meu caso”.
A partir do momento que o criminoso consegue a portabilidade da linha telefônica, é possível entrar em todos os canais pessoais que tem o telefone atrelado como método de recuperação de senha.
Os danos são enormes, pois os golpistas conseguem acessar conversas, redes sociais, e-mails e entre outras plataformas pessoais. A vítima só percebe que sofreu golpe quando já foi lesionada de alguma forma pela ação criminosa.
O golpe ficou tão frequente que em abril deste ano a Anatel adotou algumas medidas para aumentar a segurança, como conta Felipe Moreira, advogado especialista em direito digital: “Agora é necessário com que toda vez que a operadora for fazer a portabilidade de número para uma outra operadora, o consumidor terá que responder até 6 horas que é enviado a antiga linha telefônica.”
Ao sofrer o golpe, é importante ligar imediatamente para a sua empresa de telefonia e formalizar esse caso com detalhes a não solicitação. Também é possível realizar um boletim de ocorrência.
O especialista Felipe Moreira também conta que esse é um crime de estelionato cm a pena que pode variar de 4 a oito anos de prisão.
Confira a reportagem completa no Jornal Nova Manhã, apresentado pelo jornalista Mauro Tagliaferri: