Depois de empatar em 1×1 com o Flamengo, no Morumbi, no último domingo (24/09), o São Paulo conquistou o único título que faltava na sua extensa galeria de troféus: o da Copa do Brasil.
É bem verdade que o São Paulo não começou o torneio como um dos favoritos. Com um início de ano conturbado sob o comando de Rogério Ceni, o tricolor paulista vinha de atuações ruins e começou mal a competição, após empatar em 0x0 com o Ituano em casa.
Pouco tempo depois, Rogério Ceni não seguiu como treinador do São Paulo, que contratou Dorival Júnior para o seu lugar. Já com Dorival, a equipe paulista ganhou do Ituano por 1×0 no jogo da volta, em Itu, com belo gol de Wellington Rato e avançou de fase para pegar o Sport Recife.
O confronto contra o time pernambucano parecia ter sido encaminhado depois do São Paulo abrir 3×0 no placar agregado, mas o tricolor quase colocou tudo a perder após o Sport marcar três gols em pleno Morumbi, levando a decisão para os pênaltis. No entanto, a estrela do goleiro são paulino Rafael brilhou mais forte e o São Paulo avançou outra vez.
O duelo seguinte, pelas quartas de final, foi o clássico contra o Palmeiras. A disputa prometia ser intensa não só por se tratar de um clássico de muita rivalidade, mas também por conta da possibilidade de revanche dos palmeirenses, que foram eliminados pelo São Paulo no ano anterior. Mas novamente não deu para o Palmeiras. O São Paulo foi superior nos dois jogos e passou para as semifinais da competição com duas vitórias.
E se as quartas já foram eletrizantes, as semis seriam ainda mais. O São Paulo encararia o Corinthians em mais um clássico paulista. O primeiro jogo, na Neo Química Arena, o tricolor jogou melhor, mas viu o talento individual de Renato Augusto falar mais alto e saiu derrotado pelo placar de 2×1.
Curiosamente, a derrota fez o São Paulo ir ao mercado reforçar seu elenco. Isso porque, o tricolor era visto como um bom time, mas sem grandes craques. A diretoria sentiu que era necessário contar com jogadores de maior qualidade técnica e contratou James Rodriguez e Lucas Moura.
No jogo da volta com o Morumbi lotado, Lucas fez sua reestreia pelo São Paulo e comandou a vitória do tricolor por 2×0, carimbando a classificação para a final da Copa do Brasil depois de 23 anos.
O torcedor são paulino estava eufórico, mas a final não seria nada fácil, pois encararia o Flamengo com seu time repleto de craques.
Mas essa era a vez do São Paulo.
Depois da vitória por 1×0 em pleno Maracanã lotado e empate no jogo de volta em 1×1, com o Morumbi igualmente cheio, o tricolor conseguiu conquistar a tão desejada taça da Copa do Brasil, último título que lhe faltava.
Historicamente, a Copa do Brasil sempre foi uma pedra no sapato do São Paulo. Em 2000, a perda do título nos minutos finais para o Cruzeiro é tida por muitos como uma das derrotas mais doloridas da história do tricolor paulista.
No entanto, a dor agora está no passado. O São Paulo e sua imensa torcida enfim podem soltar o grito de campeão da garganta, que estava entalado há 23 anos.
Dessa vez, parece que tudo conspirou a favor. A chegada de Dorival Júnior, que deu outra cara ao time, o retorno de Lucas Moura contra o maior rival, como fez Raí em 1998, foram pontos de virada e de superação na trajetória são paulina.
A memorável campanha do tricolor, que eliminou da competição seus maiores rivais da cidade e ganhou na final de ninguém menos do que o grande time do Flamengo, faz seu torcedor pensar que valeu a pena tanto tempo de espera.
, o São Paulo conquistou o único título que faltava na sua extensa galeria de troféus: o da Copa do Brasil.){kind=link}