Segundo a imprensa polonesa, mísseis de fabricação russa mataram duas pessoas no leste da Polônia, próximo à fronteira com a Ucrânia. Uma cratera se formou em uma fazenda. O governo russo negou que os ataques partiram de seu território e encara as ações como uma provocação deliberada com o objetivo de agravar a situação.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, telefonou para o presidente polonês, Andrzej Duda. O chefe de Estado do país vizinho à Ucrânia afirmou que ainda não havia evidências inequívocas da origem dos mísseis
O governo ucraniano, por sua vez, afirmou que, em 24 horas, pelo menos 90 mísseis foram lançados contra bases de sistemas elétricos em Kiev e na região fronteiriça com a Polônia; e que alguns mísseis teriam entrado, por acidente, no território polonês.
A Polônia é um país-membro da Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Os membros concordam em ajudar uns aos outros no caso de um ataque armado contra qualquer Estado que forme o grupo. Isso significa que um ataque a um país da Otan é considerado um ataque a todos os outros integrantes da aliança.
A Otan afirmou que fará uma reunião com todos os embaixadores dos países que formam a aliança para tratar do ocorrido.
Horas antes dos ataques na Polônia e na região de Kiev, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chegou a dizer, durante participação remota na reunião do G20, que a guerra poderia estar perto do fim.
Durante a reunião das 20 maiores economias do mundo, o chamado G20, em Bali, na Indonésia, Zelensky afirmou que o recuo russo na cidade de Kherson seria uma oportunidade para pressionar o presidente russo, Vladimir Putin, a chegar a um acordo de paz.
O plano de paz de Zelensky pede a retirada das tropas russas. Ele também pede a libertação de todos os prisioneiros ucranianos. Putin não está presente no G20, mas enviou o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.