A reação do governo israelense ao ataque do Hamas será “muito forte”, na análise do professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan. Em entrevista ao Nova Manhã, ele ressaltou que, apesar de ser a maior potência militar do Oriente Médio, Israel foi pego de surpresa pela milícia palestina. “Esse fator surpresa é inédito” em relação aos conflitos envolvendo a Faixa de Gaza, disse ele.
Para o professor, os dois lados têm suas razões e seus ódios. Ele lembrou que o Hamas não reconhece o estado israelense e luta há muitos anos para destruí-lo, inclusive com ataques suicidas dentro de Israel. Por outro lado, Trevisan comentou o bloqueio imposto pelos israelenses a Gaza, condenando seus 2 milhões de habitantes a condições miseráveis de vida.
A tensão entre palestinos e judeus se arrasta há décadas, intercalando períodos de paz e de conflito armado. “Existe, por exemplo, um acordo de paz firmado em 1993 que nunca foi totalmente implantado”, disse Trevisan. Para ele, o destino da guerra iniciada no sábado vai passar pela interferência ou não do Irã, país que apoia o Hamas.