O número de mortes por Acidente Vascular Cerebral no mundo pode aumentar em até 50% e chegar a 10 milhões de casos até 2050, alerta um estudo feito pela Organização Mundial do AVC. O maior número de casos será em países com renda baixa e média, grupo do qual o Brasil faz parte.
Em entrevista ao Jornal Novabrasil, Eli Faria Evaristo, neurocirurgião e gerente médico do Protocolo de Atendimento ao AVC do Hospital Sirio Libanês-SP, alertou que esse é um problema que pode ser prevenido e é necessário mais políticas públicas nesse sentido: “Sem dúvida, esse é o grande esforço que o mundo inteiro, as instituições relacionadas a questão de neurologia têm lutado atualmente. É preciso reconhecer os fatores de risco, ter acesso aos tratamentos e remédios, ser monitorado periodicamente. Seria altamente impactante tratar esses fatores. Essas prevenções podem diminuir em até 90% os casos de AVC.”
Ele explica que o AVC é uma condição na qual existe uma lesão do cérebro por causa de um problema circulatório, seja ele falta de circulação, seja ele hemorragia.
A manifestação pode se dar através de condições genéticas ou comportamentais: “As causas são ambas, mas predomina as questões comportamentais. Questões de saúde poderiam ser melhor controladas e, com isso, teria uma intensa redução dos casos de AVC no mundo. Existem estudos mostrando que se fossem controladas 10 condições médicas, os casos de AVC reduziriam em até 90%. A maior parte dos acidentes são relacionados a questões que podemos de alguma maneira melhorar.”, revela o médico.
A principal causa do acidente vascular é a pressão alta, mas outros fatores como o fumo, diabetes, aumento do colesterol, obesidade, sedentarismo e problemas cardíacos também podem impulsionar o quadro.
O especialista também conta que os sintomas dependem do lugar do cérebro em que aquele problema circulatório aconteceu. Os locais mais comuns de alteração no cérebro costumam causar aliterações de movimento, desta forma a pessoa tem alguma paralisia ou alteração no corpo. Os sintomas mais marcantes e frequentes são o desiquilíbrio, a perda de visão e fala.
Confira a entrevista completa ao “Jornal Novabrasil“, apresentado pelo jornalista Heródoto Barbeiro: