As altas temperaturas registradas em boa parte do Brasil nesta semana afetam o desempenho cognitivo e socioemocional das pessoas, afirmou a neurocientista Carla Tieppo.
Na coluna “Cérebro Forte”, no Nova Manhã, ela explicou que, em situações de calor extremo, nossas emoções enviam um alerta para que o sistema nervoso entre numa espécie de “modo de sobrevivência”. Assim, ele aciona todos os mecanismos biológicos disponíveis para resfriar o corpo. Com isso, o cérebro se concentra nesse esforço, fazendo cair o rendimento cognitivo.
Carla comentou uma pesquisa da Universidade de Harvard que constatou um rendimento 30% inferior nos estudantes que faziam provas em salas com menos estrutura de resfriamento, como ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. “O mesmo pode ter acontecido com os estudantes que fizeram a prova do Enem no último domingo”, ela disse.
“Se essa queda de performance acontece no público jovem, que está no auge da capacidade cognitiva, imagine os efeitos do calor nas pessoas mais velhas e de saúde mais vulnerável”, afirmou Carla Tieppo.
Nesse cenário, ele lembrou que é preciso ter atenção no controle da temperatura do corpo. E sugeriu as seguintes medidas:
- hidratação constante;
- uso de roupas leves;
- realizar pausas nas atividades para se abrigar em lugares mais frescos e sombreados;
- atenção às medidas de segurança para trabalhadores expostos a altas temperaturas.