Metrô, CPTM e mais 40 entidades param nesta terça-feira em resposta às privatizações em SP

Passageiros aguardam no embarque da estação Palmeiras-Barra Funda, linha 3 do Metrô, durante a greve dos metroviários em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

Os trabalhadores do metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), do Sindicato dos Professores da Rede Estadual (Apeoesp), da Sabesp e de mais 40 entidades vão parar nesta terça-feira (28), em resposta às privatizações propostas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Será a terceira greve em dois meses.

Os trabalhadores se posicionam contrários à desestatização das empresas de transporte e saneamento, às demissões de funcionários e ao mal funcionamento das linhas de metrô e trens, que já são privatizadas e apresentam falhas frequentemente. Os sindicalistas também são contrários à redução de R$ 9 bilhões da educação, proposta pelo governo do estado.

Entre as pautas da greve estão:

1 – Não à privatização do Metrô, CPTM, Sabesp, Estrada de Ferro Campos do Jordão, Fundação Casa e na saúde;

2 – Não às terceirizações do serviços públicos;

3 – Não ao corte na educação;

4 – Por um plebiscito sobre as privatizações;

5 – Reintegração dos funcionários demitidos do Metrô.

No Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do início de outubro enviado à Assembleia paulista, o governo Tarcísio propôs recursos para a educação abaixo dos 30% previstos na Constituição estadual.

O Sindicato dos Metroviários e das Metroviárias de São Paulo propôs suspender a greve de amanhã caso o governo aceitasse liberar as catracas, o que não prejudicaria o transporte dos mais de quatro milhões de passageiros que dependem do transporte público.

As linhas 1, 2 e 3 do metrô e 15 da CPTM serão afetadas.

Tarcísio de Freitas recorreu à justiça para tentar barrar a paralisação. No pedido de tutela antecipada, é exigida a presença de 100% dos funcionários, pelo menos nos horários de pico, com chamada nominal e presença de um oficial da justiça.

Nos demais horários, o governo pede que 80% dos funcionários trabalhem. A ação também pede multa de R$ 2 milhões ao sindicato dos metroviários caso a decisão, se acatada pela Justiça, não for cumprida.

Em nota, o governo estadual afirmou estar agindo “para que a população não seja prejudicada, já que a greve é motivada por interesses políticos e a pauta principal dos sindicatos não está ligada a causas trabalhistas”.

Com a previsão de parada dos trens e metrô, o governo adiou o provão paulista, exame realizado por alunos do ensino médio da rede pública para a entrada em universidades públicas do estado, foi adiado para a quarta-feira. Uma paralisação está marcada para esta segunda-feira, às quatro da tarde, para que seja confirmada a paralisação.

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