Desemprego recua a 7,6%, e população com trabalho ultrapassa 100 milhões

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego do Brasil recuou a 7,6% no trimestre até outubro, indicou nesta quinta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A marca é a menor para o período desde 2014 (6,7%).

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. Na mediana, analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam taxa de 7,6%. O indicador estava em 7,9% no trimestre até julho, o mais recente da série histórica comparável da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Com o novo resultado, a população desempregada no Brasil recuou para 8,3 milhões até outubro, disse o IBGE. O número era de 8,5 milhões até julho.

Já a população ocupada com algum tipo de trabalho foi estimada em 100,2 milhões. Assim, renovou o recorde da série iniciada em 2012 e ultrapassou os 100 milhões de pessoas pela primeira vez.

“A população ocupada segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.

A Pnad abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, avalia desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

No trimestre até setembro, que integra outra série da pesquisa, a taxa de desemprego já marcava 7,7%. O número de desocupados estava em 8,3 milhões no mesmo intervalo.

A população considerada desempregada pelas estatísticas oficiais é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de oportunidades. Quem não está buscando vagas, mesmo sem ter emprego, não faz parte desse contingente.

Os dados divulgados nesta quinta ainda não refletem possíveis impactos do Censo Demográfico 2022. O recenseamento é a base para a atualização da amostra populacional usada na Pnad.

O IBGE afirmou em outubro que planeja fazer essa revisão em 2024. O Censo contabilizou uma população de 203,1 milhões no Brasil até 31 de julho de 2022, abaixo das projeções recentes usadas na Pnad.

LEONARDO VIECELI / Folhapress

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