Estados cortam investimentos para conservar Amazônia

Área desmatada na floresta amazônia (Reprodução/Ag.Brasil)
Área desmatada na floresta amazônia (Reprodução/Ag.Brasil)

Os nove estados brasileiros que compõe a chamada Amazônia Legal estão cortando os recursos que eram destinados para fazer a segurança do bioma e transferindo para os tribunais de justiça, ministério público e defensorias publicas, de acordo com um estudo publicado pelo JUSTA.

Em entrevista ao “jornal da Novabrasil”, a Dr. Luciana Zaffalon, Diretora-executiva do centro de pesquisas JUSTA explicou que todo ano o governo está com mais liberdade para direcionar as verbas estabelcidas na Lei Orçamentaria Anul sem a necessidade de passar pela votação no legislativo.

“Todo ano a Lei Orçamentaria Anual esta saíndo com uma disposição que permite ao governo receber um cheque em branco. A Lei Orçamentaria vai lá e diz: Até certo percentual do orçamento o governo pode remanejar com liberdade sem passar pelo legistativo. Isso significa que o governo passa a ter um grande quantia do orçamento para realocar os recursos“, explicou Luciana.

O instituto obteve os dados pela Lei de Acesso à informação e identificou que o dinheiro do Acre, Maranhão, Pará, Rondônia e Tocantins é destinado para o judiciário enquanto áreas essenciais sofreram cortes de gastos. R$ 654 milhões foram para a folha de pagamento de Tribunais de Justiça, Ministérios Publicos e Defensorias estaduais. Somando com os valores adicionais, os cinco estados analisados somaram mais de R$ 5,4 bilhões em orçamento apenas para os Tribunais.

No Maranhão, 15% de toda a folha de pagamento do estado é consumida com salários e encargos dessas carreiras jurídicas; em Rondônia, a fatia destinada para esse fim foi de 13%; em Tocantins, 10%; e no Acre, 8%.

Luciana ainda explica como os estados remanejam esses recursos para cumprir outros compromissos.

Confira:

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS