Você conhece a Lista Trans Free?

Divulgação

O Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, a Antra. O 29 de janeiro é marcado pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans, uma data existe há 20 anos com o objetivo de promover a inclusão e ressaltar a consciencializarão e a resistência da comunidade trans e travesti e não-binares.


Você Conhece a Lista Trans Free?

Pouca gente conhece, mas segundo apuração realizada por Binha Skata, do Minuto Indie, no ano passado, pelo menos 15 festivais de música brasileiros aplicaram a Lista Tran Free. Trata-se de uma iniciativa para permitir a entrada gratuita em festivais de música brasileira.

A Novabrasil FM conversou com a artista multimídia e produtora cultural TRANSÄLIEN, que é uma das criadoras da medida. Ela explicou a necessidade de promover a inserção dessa comunidade nesses espaços. Para TRANSÄLIEN, a ideia surgiu a partir da percepção sobre a ausência de suas semelhantes em espaços culturais. Logo, essa medida foi com base em um contexto histórico de exclusão social dessa população:


“A população Tran que não têm o direito de ter acesso ao lazer e a cultura. Sendo assim, a lista é uma medida de inserção e não de insenção, não é sobre privilégios, é sobre restituição.”

A NovaBrasil também conversou com Iná Odara, doutoranda em Sociologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que propôs e gerenciou 5 listas Trans Free em 2023. Segundo a socióloga, depois de perceber que muitos festivais com artistas trans e músicos que, mesmo não sendo da comunidade, são referenciados pelo público LGBTQIAPN+ e estão nesses espaços, sem a presença de um público travesti, trans ou não-binario, Iná achou mais do que necessário oferecer acesso a pessoas trans no cenário festivo da música brasileira.

Segundo Iná, depois de muita insistência o festival GRLS aceitou, e assim a pesquisadora passou a propor e gerenciar as medidas em eventos culturais.

Segundo dados do Atlas de Violência de 2023, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a população negra é a mais impactada com 58% das agressão são direcionadas à mulheres trans negras.

Alistamento militar de trans no DF

Hoje, ocorreu o primeiro mutirão de alistamento militar de homens Trans e pessoas Trans Masculinas, feito pela Defensoria Pública do Distrito Federal. Esse alistamento foi voltado para aqueles que já retificaram nome e gênero nos documentos civis para o gênero masculino.

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