BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) afirmou, nesta quinta-feira (1), na posse de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça que o governo federal e a Polícia Federal não perseguem ninguém e apenas fazem seu trabalho.
A declaração ocorre na mesma semana em que a PF fez uma operação contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusa integrantes da corporação e do Judiciário de persegui-lo politicamente
Lula disse que ministros do Supremo recebem um “salário irreal em função da qualidade” do cargo que ocupam e que achou que Lewandowski poderia querer se aposentar após deixar o STF, em vez de assumir outro cargo público.
Ao todo, oito integrantes do Supremo estavam na cerimônia de posse, o que, segundo Lula, demonstra o “afeto e reconhecimento” dos magistrados em relação ao novo ministro da Justiça.
O mandatário ainda elogiou Flávio Dino, que deixou a pasta por ter sido indicado ao Supremo.
“Não é em qualquer momento da história que uma nação tem o direito de entregar para a suprema corte uma pessoa do Flávio Dino. E não é qualquer momento histórico que uma nação pode entregar, para ser ministro da Justiça, um homem da qualidade do Lewandowski”, disse.
Lewandowski integrou o Supremo de 2006 a abril de 2023, quando deixou a Corte ao completar 75 anos idade máxima para ministros.
Ele assume o cargo aberto na pasta do governo com a saída de Flávio Dino que vai ocupar a partir de 22 de fevereiro uma das cadeiras de ministro do STF.
Na véspera da posse de Lewandowski, o presidente Lula disse que combater o crime organizado é um desafio da pasta. “Não é uma coisa fácil de combater. Virou uma indústria multinacional, maior que General Motors, Volkswagen, Petrobras, é uma coisa muito poderosa. Está na imprensa, política, Judiciário, futebol.”
MATHEUS TEIXEIRA / Folhapress