O dinheiro pode gerar comportamentos enviesados ou medos intensos. Há diversos estudos internacionais que mostram que mais de 70% das pessoas se sentem muito ansiosas em relação situação financeira pessoal.
Essa ansiedade podem ocorrer devido à pressões sociais ou culturais, eventos traumáticos que podem desencadear inseguranças relacionadas a fracassos financeiros, ou até mesmo a falta de educação financeira na formação do cidadão.
Toda essa preocupação é conhecida como fobia financeira, que pode tomar conta do nosso corpo e da nossa mente. Hoje o professor de Finanças da Faculdade Getúlio Vargas e especialista em finanças pessoais Fábio Gallo, ajudou a definir as fobias financeiras em sua coluna, no Jornal Nova Manhã.
Começando pela creofobia, que é o medo de contrair dívidas, mesmo quando há a possibilidade de gerenciar as contas. Outra fobia é a peniafobia que é o medo da pobreza, isto é, ocorre quando a pessoa tem uma preocupação irracional de se tornar pobre ou de perder a segurança financeira. Já, o medo de gastar dinheiro de forma exagerada é conhecido como chrometofobia.
A agorafobia, trata-se do medo de investir tanto no mercado financeiro como na vida pessoal ou profissional pelo o receio de perder dinheiro. Já, a atiquifobia é o controle financeiro compulsivo, isto é, o medo do fracasso financeiro. A plutofobia é o medo de enriquecer devido ao receio de arcar com os impactos negativos ou responsabilidades que a riqueza pode trazer na vida da pessoa.
Outra fobia que não é somente financeira é o Transtorno de Acumulação Compulsivo, mais conhecido como TAC, que faz com a pessoa acumule bens e dinheiro de maneira compulsiva, mesmo sem necessidade real ou justificável.
Além de todas as fobias citadas anteriormente, existe o medo da educação financeira, que ocorre quando o indivíduo não quer aprender sobre finanças pelo possível temor de descobrir uma condição financeira negativa.
O professor Fábio Gallo apontou que buscar o conhecimento é uma boa alternativa para tratar as emoções das pessoas que são afetadas por essas fobias.
“Reconhecer e entender as suas próprias fobias financeiras pode permitir que as pessoas tomem decisões mais informadas e conscientes e gerenciem melhor os seus riscos”.