RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Natural da baixada fluminense, no Rio de Janeiro, Getúlio Vargas sempre quis ser popular. E conseguiu. Desde 2022, Getúlio comanda a versão carioca do programa Os Donos da Bola, na Band, com sucesso. Agora, quer voos mais altos.
“Meu sonho é virar um comunicador popular. Eu me inspiro muito no Gugu, no Marcos Mion, nessa galera que cresci assistindo. Fiz o Melhor da Noite com a Glenda Kozlowski por um período, no ano passado, e tive certeza de que era isso que eu queria”, diz, em entrevista ao F5.
Getúlio fez um caminho comum para um ex-jogador. Após se aposentar da carreira (seu último clube foi o Boavista, em 2024), GV, como é conhecido, foi para a televisão. Virou comentarista no extinto Esporte Interativo por acaso.
“Quando voltei da África do Sul, percebi que as coisas estavam difíceis. Comecei a me preparar e estudei, fiz um curso de comunicação no Rio, e fui atrás de chances. Já estava desiludido com o futebol brasileiro, e ganhei uma chance no Esporte Interativo”, relembra.
Em 2015, durante um período de transmissão da Copa do Nordeste, Vargas ganhou uma chance como apresentador de um programa na emissora. E gostou. “Eu fiz um programinha bem rápido, e pensei: ‘Caraca, isso é muito melhor’. Fiz outras coisas rápidas, e pedia para a direção me deixar apresentar”, relembra.
Em 2018, o destino lhe tirou uma oportunidade: “Ia ter a estreia de um programa chamado Tá na Rede, e todo mundo testou no Esporte Interativo. Eu ficava até mais tarde, e todo mundo se testava comigo como dupla. O programa iria estrear em 18 de setembro. Infelizmente, o canal acabou em 21 de agosto de 2018”, afirma.
Em 2019, Getúlio vai para o Fox Sports e fica lá até 2021. Mas é em 2022, que chega sua grande chance na Band –e como apresentador, do jeito que queria.
Além do Os Donos da Bola, Getúlio Vargas também foi apresentador dos principais jogos do Campeonato Carioca na Band. Ele, inclusive, estará no comando da final entre Flamengo x Nova Iguaçu, neste domingo (6), às 17h.
É na Band que Getúlio Vargas deseja crescer como comunicador. “Vindo de baixo, eu quero muito crescer, comandar um programa de auditório é o meu grande sonho”, afirma.
Sobre seu nome, que remete ao ex-presidente do Brasil, Getúlio Vargas diz que já está acostumado com as piadas. “Desde a época do colégio isso acontece”, brinca. Mas ele lembra uma história curiosa.
“Um dia, estava jogando no Boavista, e todo mundo no vestiário me chamava de presidente. Presidente para lá, Presidente para cá. Um jogador chegou perto de mim, e falou: ‘Por que chamam você de presidente?’. Eu só dei risada”, brinca.
Além de apresentador, Getúlio Vargas tem seu lado empresário. Atualmente, ele está à frente de quatro empresas, todas elas ligadas à comunicação. Junto com a esposa, Izabel Barbosa, que é especialista em marketing, ambos montaram o Super Futsummit, um evento que mostra gratuitamente palestras de figuras reconhecidas no mundo do futebol.
No fim de março, houve uma versão presencial, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Getúlio pretende seguir com o evento por mais alguns anos.
“Começamos no meio da pandemia, uma coisa muito pequena, na sala de casa. Hoje, estamos no Museu do Amanhã. Queríamos fazer algo para democratizar a informação sobre o futebol, e estamos conseguindo. Fomos muito mais longe do que imaginamos”, comemora.
GABRIEL VAQUER / Folhapress