Conheça o impacto de Monteiro Lobato na literatura brasileira

Conheça o impacto de Monteiro Lobato na literatura brasileira
(Foto: PMML)

Nesta quinta-feira, dia 18 de abril, o precursor da literatura infantil no Brasil, Monteiro Lobato, completaria 142 anos. O escritor responsável pela criação do Sítio do Picapau Amarelo, obra que rendeu várias adaptações para filmes e peças de teatro, marcou a infância de diversas crianças no país. Por isso, hoje também é celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil.

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O escritor foi um dos brasileiros mais influentes no Século XX. Neto do Visconde de Tremembé, José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em 1882, na cidade de Taubaté. Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato, o autor foi alfabetizado pela mãe e despertou seu interesse por literatura visitando a biblioteca do avô, quando ainda era menino.

Aos 14 anos, foi para São Paulo estudar no Instituto de Ciências e Letras. Em 1900, José Bento ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, por imposição do avô, com quem foi morar após o falecimento dos pais. Na época, ele já escrevia para o jornal da faculdade e também passou a publicar seus primeiros contos em outros jornais e revistas. Depois ainda se tornou editor, tradutor e escreveu diversos livros infantis.

Escrita

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em 1911, Lobato herdou a fazenda Buquira, após o falecimento do avô, para onde se mudou com a mulher e os dois filhos, Marta e Edgard, e começou a plantar lavouras de milho, café e feijão. Foi lá que escreveu o conto “O Boca Torta”, história que iniciou sua primeira coletânea de contos “Urupês”, publicada em 1918.

A coletânea traçou a paisagem das cidades por onde o autor passou e o perfil do personagem caipira “Jeca Tatu”, que depois ganhou adaptações marcantes de Amácio Mazzaropi no cinema nacional.

Em 1919, Monteiro Lobato fundou primeira editora nacional brasileira, a Editora Monteiro Lobato, onde publicou seus primeiros livros infantis. Mas o escritor não criou apenas obras destinadas para crianças, ele escreveu livros de ficção e outros sobre questões sociais, políticas e econômicas, como “Negrinha”, “A Onda Verde” e “O Macaco Que Se Fez Homem”.

Sítio do Picapau Amarelo

(Foto: Secretaria da Educação de SP)

Em 1921 Monteiro Lobato publicou o livro “Narizinho Arrebitado”, que depois mudou de nome para “Reinações de Narizinho”. No mesmo ano nascia a história do “Saci” e, em 1922, o livro “O Marquês de Rabicó”.

Inspirados no povoado de Buquira, foram criados os personagens de Emília, Narizinho, Visconde, Tia Nastácia e Dona Benta. Com o sucesso das primeiras obras infantis, o autor prolongou as aventuras da turma em outros livros em torno do universo do “Sítio do Picapau Amarelo”, coleção composta por mais de 30 publicações.

*Texto de Bianca Martins com supervisão de Julia Lopes

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