SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Mattos, defendeu a atuação do Ministério Público Estadual no caso Marielle nos últimos anos, embora os mandantes do crime só tenham sido apontados neste ano, após a entrada da PF na investigação em 2023.
“Precisei sair a campo, dar entrevistas, pontuar o nosso trabalho e tudo que fizemos em cinco anos. Apesar das dificuldades que enfrentamos, nosso trabalho, antes e durante a minha gestão, é elogiável. O MP desempenhou papel muito importante”, disse Mattos em entrevista ao jornal O Globo.
O procurador disse só ter sido informado da operação que prendeu os acusados de serem os autores intelectuais dos assassinatos na véspera. “Soubemos da operação sábado à noite, sem ciência do teor exato da decisão e muito menos do relatório produzido pela Polícia Federal”, contou ele ao jornal. O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos em operação em 24 de março, um domingo.
“O Ministério Público acompanhou e corroborou a delação do Élcio [Franco], auxiliou nas tratativas com [Ronnie] Lessa e fez a denúncia do Maxwell [Corrêa] em conjunto com a PF”, destacou Mattos. “O relatório da PF cita uma falha nos quatro primeiros meses de investigação. Não sei se houve falhas, mas em um ano entregamos os executores”, falou.
Suspeitos de serem os mandantes do crime foram presos em março de 2024, seis anos após a execução. Em março de 2018, a vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foram emboscados e assasinados na região central da capital fluminense.
Redação / Folhapress