Polícia do ES investiga se morte de mulher foi causada por peeling de fenol

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Espírito Santo investiga se a morte de uma mulher de 39 anos ocorreu após a realização do procedimento conhecido como peeling de fenol.

O corpo da vítima foi encontrado no dia 19 de junho dentro da casa dela, no bairro Goiabeiras, em Vitória.

Em nota, a Polícia Militar disse que a família da mulher relatou que ela passava por problemas espirituais e psicológicos e que há algumas semanas ela teria feito o peeling de fenol.

O fenol é uma substância química cáustica, utilizada por dermatologistas em peelings químicos profundos para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes.

O procedimento deve ser feito em centro cirúrgico ou ambulatório monitorado, por causa do uso de anestesia e dos picos de arritmia que podem ser provocados pela presença do fenol na corrente sanguínea antes de sua metabolização pelo corpo. A aplicação é feita em etapas para evitar altas concentrações e sobrecarga do coração.

Segundo informações divulgadas pela imprensa local, a mulher teria comprado o produto pela internet e feito a aplicação sozinha. Em entrevista à TV Tribuna, o irmão da vítima disse que ela teve reações graves na primeira aplicação e mesmo assim afirmou que faria uma segunda.

O corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal de Vitória para ser necropsiado e depois liberado para os familiares.

O caso, registrado como encontro de cadáver, foi enviado ao Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa, que aguarda o resultado dos exames para definir se haverá instauração de inquérito, caso seja constatada morte violenta.

MORTE EM SÃO PAULO

No dia 3 de junho, o empresário Henrique da Silva Chagas, 27, morreu em uma clínica de estética na rua Doutor Jesuíno Maciel, no Campo Belo, na zona sul de São Paulo. Ele teve uma parada cardiorrespiratória após realizar um peeling de fenol.

O procedimento foi realizado pela influenciadora Natalia Fabiana Freitas Antônio, que realizou cursos livres pela internet para oferecer a técnica e se identifica como Natalia Becker. Ela foi indiciada por homicídio com dolo eventual, por ter assumido o risco de matar.

PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress

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