Voepass, dona de avião que caiu em SP, enfrenta pico de reclamações de passageiros

Dona da aeronave de médio porte que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira, a Voepass, antiga Passaredo, está enfrentando um pico de reclamações de seus passageiros.

Segundo relatório da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, a cada cem mil passageiros da Voepass, 67,40 estão se queixando -uma alta em relação à taxa média de 2023, de 38,59.

O valor é maior que o da Latam (61,51) e menor que o da Azul (78,37) e da Gol (74,21), para termos de comparação com as outras companhias aéreas nacionais. Nenhuma das concorrentes, no entanto, teve uma alta tão expressiva neste ano.

O índice leva em conta os quatro primeiros meses de 2024, já que os demais ainda não foram contabilizados pela plataforma, e representa o segundo maior valor de que se tem registro -atrás apenas da média de 2020, ano em que as companhias aéreas enfrentaram o período mais crítico da pandemia de Covid-19 para o turismo.

A alta pode ser explicada pela quantidade de reclamações que a Voepass registrou nos primeiros quatro meses deste ano ano, 188, ante as 74 ocorrências do mesmo período do ano passado, o que representa uma alta de 127%.

O índice de solução das queixas e a nota de satisfação dos passageiros da Voepass também estão em queda. O primeiro foi de 66,67% na média do ano passado para 58,93 neste ano, e o segundo, de 1,96 para 1,33.

A maioria das reclamações (35,19%) é relacionada a alterações nos voos, o que inclui atrasos e cancelamentos. A execução dos voos vem em segundo lugar, e problemas com reembolso, em terceiro.

Os cálculos são feitos a partir da Base de Dados Estatísticos da Anac sobre o Transporte Aéreo.

O ACIDENTE

O avião que caiu nesta sexta-feira viajava de Cascavel, no interior do Paraná, para Guarulhos, na Grande São Paulo.

A aeronave, que tinha 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo, caiu em Vinhedo, a cerca de 80 quilômetros da capital paulista, segundo o Corpo de Bombeiros.

A Prefeitura de Vinhedo diz que não há sobreviventes.

PEDRO MARTINS / Folhapress

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