SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Operadores aumentaram a previsão dos EUA reduzirem a taxa de juros em 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), que será realizada em 17 e 18 de setembro.
Após a divulgação do relatório do emprego, nesta sexta-feira (6), 55% dos operadores acreditam que o Fed cortará a taxa de juros, atualmente entre 5,25% e 5,50%, para 4,75% a 5%.
Antes do relatório, eles viam cerca de 43% de chance desse resultado, com maiores apostas em uma redução de 25 pontos.
O presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que chegou a hora de o país reduzir os juros em setembro. “Com a economia agora em equilíbrio e a inflação a caminho de 2%, é apropriado diminuir agora o grau de restrição na política monetária, reduzindo a faixa da meta para a taxa de juros”, disse Williams.
Mais cedo, o Departamento de Trabalgo divulgou que a taxa de desemprego caiu para 4,2% em agosto, encerrando uma série de quatro altas seguidas. Em julho, o índice foi de 4,3%.
Ao mesmo tempo, a economia dos EUA abriu 142 mil vagas de emprego no mês passado, superior aos 89 mil postos gerados em julho, dado este que foi revisado para baixo pelo Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam criação de 160 mil vagas em agosto.
O resultado menor do que o esperado provavelmente não sinaliza uma deterioração nas condições do mercado de trabalho. O dado de agosto tende a ser inicialmente mais fraco em relação à estimativa e à tendência recente, antes de ser revisado para cima posteriormente. Normalmente, as contratações aumentam no setor educacional, o que é previsto pelo modelo que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.
O início do novo ano letivo, entretanto, varia em todo o país, o que pode desequilibrar os chamados fatores sazonais. As contagens iniciais do relatório de agosto foram revisadas para cima em 10 dos últimos 13 anos. As demissões permanecem em níveis historicamente baixos.
A média da renda por hora aumentou 0,4% em agosto, depois de cair 0,1% em julho. Os salários aumentaram 3,8% em relação ao ano anterior, depois de avançarem 3,6% em julho. O crescimento ainda sólido dos salários continua a sustentar a economia por meio dos gastos dos consumidores.
Redação / Folhapress