O principal suspeito pela morte de Igor Peretto, de 27 anos, morto com mais de 20 facadas no apartamento da irmã, em Praia Grande, litoral paulista, foi localizado na manhã deste domingo (15). Mário Vitorino, de 23 anos, que estava foragido há duas semanas do crime, foi encontrado no interior de São Paulo. No local, residia o tio de Rafaella Costa Silva, esposa da vítima.
O suposto assassino estava em Torrinhos (SP), e está sendo apresentado na Delegacia de Rio Claro, para posteriormente ser encaminhado à Baixada Santista, segundo confirmado pela Polícia Civil.
Tiago Peretto, irmão da vítima e vereador de São Vicente, publicou em suas redes sociais informando sobre a prisão de Mário, que já se encontrava no camburão da Polícia Militar. Ele teria recebido uma denúncia anônima em seu perfil, sobre o paradeiro do suspeito, e foi até o local junto com a corporação para averiguar, quando a prisão foi realizada. “Eu te prometi que prenderia ele, meu irmão. Agora sim, descanse em paz”, manifestou o irmão.
Segundo informações, não oficiais, de amigos que vêm se pronunciando desde o crime, e que estavam compartilhando fotos do suspeito, afim de colaborar com a localização do mesmo, na casa em que foi encontrado, reside o tio de Rafaela Costa Silva, irmão de sua mãe.
A família de Igor oferecia R$ 50 mil para quem tivesse informações sobre o paradeiro do homem procurado. A prisão temporária dele já foi decretada pela Justiça de Praia Grande.
O Portal TH+ segue acompanhando o caso em tempo real, e será atualizado se houver novas informações. Mário deve ser apresentado na Delegacia de Informações Gerais (DIG) de Praia Grande para prestar seu depoimento e ter sua prisão cumprida amanhã, segunda-feira (16).
Linha do Tempo
O caso aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto, na Avenida Paris, em Praia Grande. Por volta de 7h30, a Polícia Militar foi acionada pela síndica do prédio, que informou que ouviu muitos barulhos durante a noite. Ela teria tentado contato com o apartamento diversas vezes, sem retorno.
A responsável pelo edifício decidiu, então, olhar as câmeras de monitoramento do prédio, e identificou os seguintes fatos: a moradora do apartamento, irmã da vítima, chega com a esposa de Igor por volta de 4h37. Elas chegam rindo e conversando. Uma hora depois, Rafaela, ciente de que os homens estavam em direção ao local, é vista deixando o prédio cerca de 3 minutos antes da chegada da vítima e do homem investigado.
Meia hora depois da chegada dos dois, Mário e Marcelly são vistos deixando o local juntos. Antes de acessarem a rua, o homem aparece correndo no subsolo, parecendo “desesperado” para deixar a cena do crime. Ela aparece com alguns pertences na mão, como carregador de celular e bolsa, e embarca no carro do suposto assassino.
Em seguida, o casal vai até a casa de Mário para pegar alguns pertences, como é citado em depoimento à polícia. No elevador deste imóvel, Marcelly apoia a cabeça no ombro do homem que havia acabado de matar seu irmão, e aparenta estar chorando. Em sua camiseta branca, parecem marcas de sangue.
Voltando para a versão da síndica à Polícia Militar naquela manhã, um chaveiro foi chamado para abrir a porta do apartamento. No corredor havia sinais de sangue. Ao adentrarem o imóvel, Igor foi encontrado caído dentro do quarto, próximo da janela.
O apartamento estava todo revirado. Uma faca com sangue foi encontrada no banheiro, e imediatamente apreendida para perícia.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e constatou a morte de Igor, comerciante e irmão do vereador Tiago Peretto, de São Vicente.
O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade foi acionado para investigar o crime.
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Versões
Rafaela assume ter trocado beijos com a cunhada, Marcelly, e que já havia combinado com Mário no dia anterior que dormiriam juntos, naquela noite. Quando a mesma liga para o amante, Igor está no carro e o questiona sobre a ligação, motivo que iniciou a discussão. O homem então a envia por um aplicativo de mensagem: “deu merd*”. Ciente do que havia acontecido, ela decide ir embora, e alega ter ido para a casa de sua mãe assim que saiu do apartamento, localizada na divisa entre São Vicente e Santos.
Minutos depois, a mesma disse ter recebido uma ligação de Mário dizendo que havia dopado Igor, e a alertando que quando o mesmo acordasse, iria a matar. É quando Rafaela decide fugir para São Paulo sob instrução do homem, que a encontra em um posto de gasolina posteriormente. Segundo ela, apenas neste momento é que tem ciência de que Marcelly estava no carro, e fica sabendo pela amiga de que o marido havia sido morto por Mário.
Na versão da esposa da vítima, Marcelly estava envolvida na briga no momento em que Igor foi morto, e que a mesma ficava insistindo para Mário voltar ao local do crime para esconderem o corpo de seu irmão.
Todos seguiram para Campos de Jordão, até que Marcelly decide abandonar o carro, visto que o homem não queria deixar Rafaela para trás. Os amantes então seguem para um motel na cidade de Pindamonhangaba, onde Mário teria recebido um advogado que lhe deu instruções e dinheiro. Neste momento, a mesma alegou ter recebido um valor e voltou para a Baixada Santista, se entregando espontaneamente à polícia.
Já na versão de Marcelly, assim que Rafaela foi embora de seu apartamento naquela noite, Mário e Igor chegaram no local já discutindo. Em determindado momento, o irmão teria pedido para que o cunhado falasse a verdade ou o mesmo iria o matar. Ela então teria ido para um quarto, enquanto os dois seguiram discutindo até que viu o marido ir na cozinha retornando para o quarto. Quando foi até o local, já teria encontrado seu irmão caído no chão sendo ainda esfaqueado pelo procurado.
Ela alega ter sido obrigada por Mário a deixar o local e ir junto com ele para o seu apartamento no mesmo bairro. Em seguida, fugiram, e ela foi proibida de deixar o veículo pelo casal, até que chegaram em um ponto onde teria conseguido descer e pedido um táxi para voltar à Baixada Santista, onde relatou o homicídio do irmão para seu pai.
Atualizações dos últimos dias
No dia 6 de setembro, Rafaela que havia fugido com Mário, se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, sendo presa imediatamente. Ela prestou seu depoimento sobre o caso, e alegou que não sabia do que havia acontecido com Igor, seu marido, até o procurado contar pra ela durante a fuga. A mulher, que matinha uma relação extraconjugal com o procurado, não estava no apartamento onde a vítima foi morta. Ela é vista saindo minutos antes dos dois homens chegarem ao local.
Em depoimento à imprensa, a mulher de Igor ainda confessou o caso com o até então cunhado, e relatou ainda que naquela noite, também teria se relacionado com Marcelly, a irmã da vítima e esposa de Mário.
Assim que Rafaela foi presa, Marcelly foi também detida na mesma tarde. Ela estava dentro do imóvel no momento em que Igor foi assassinado, e deixou o local com o autor do crime. Anteriormente, a mesma havia alegado ter sido obrigada pelo homem à fugir com ele, mas a polícia encontrou divergências em seu depoimento.
O carro utilizado no dia da fuga foi encontrado na noite do dia 5 de setembro, em Pindamonhangaba (SP). No interior do veículo haviam marcas que aparentavam sangue. Após uma perícia, o automóvel foi levado à sede da corporação que investiga o caso.
A equipe prossegue com as diligências para o esclarecimento dos fatos, mas as autoridades não detalharão as investigações para não interferir no andamento do trabalho policial.
Quem é Mário
Mario Vitorino da Silva Neto, de 23 anos, era amigo, sócio e cunhado da vítima. O homem era casado há cerca de 6 anos com Marcelly Peretto. O casal, junto de Rafaela e Igor, eram amigos e viajavam com frequência juntos, além de se encontrarem e saírem frequentemente.
O acusado é supostamente o assassino da vítima, e está foragido desde a noite do crime. Seu casamento com a irmã de Igor passava por uma crise, estando separados há cerca de três meses, mas tinham recaídas na relação.
O que teria acontecido antes
Igor era casado com Rafaela, e Mário com a irmã da vítima, Marcelly. Os dois casais enfrentavam uma crise conjugal, tendo já tentado uma separação, mas que não havia sido formalizada.
Naquela noite, os quatro saíram juntos, e ao retornarem para casa, segundo relato do irmão da vítima, Mário e Rafaela já haviam combinado de se encontrar após todos serem deixados cada um em sua casa.
Enquanto a vítima ainda estava no carro com o assassino, a mulher teria ligado para Mário. Igor, vendo sua esposa ligar para o até então cunhado, questionou o homem, e então começou uma discussão.
Todos decidiram então se encontrar no apartamento de Marcelly para resolver a questão, onde a briga ficou mais acalorada, passando para agressões até o assassinato.
Não se sabe desde quando Rafaela e Mário se relacionavam. A mulher deixou para trás o filho que tinha com Igor, que está sendo cuidado pela irmão da vítima.
. Mário Vitorino, de 23 anos, que estava foragido há duas semanas do crime, foi encontrado no interior de São Paulo. No local, residia o tio de Rafaella Costa Silva, esposa da vítima.){kind=link}