Caso Hugo Souza é mais um episódio dos atritos entre Flamengo e Corinthians

SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Flamengo e Corinthians estão travando mais um capítulo dos vários impasses que tiveram neste ano. A negociação pela transferência de Hugo Souza é uma novela que tem novamente versões conflitantes e de desgastes na relação dos clubes.

O Flamengo atribui o entrave às dificuldades financeiras do Corinthians. O entendimento é que não há dinheiro e, por isso, o negócio não foi para frente ainda.

O Corinthians acredita que o Flamengo está tentando tumultuar o ambiente. O clube vê o rival dificultando o processo de negociação simplesmente por “birra”.

Os paulistas acreditam que a garantia da Brax é mais do que suficiente para o negócio. O Flamengo, porém, acredita ser arriscado porque já tem o negócio de Matheuzinho atrelado à empresa. Em caso de atraso nas duas compras, só receberia os valores devidos muito depois do prazo que espera receber, já que a empresa não tem mais nada a pagar neste ano ao Corinthians. O contrato com a Brax é de mais de R$ 300 milhões.

O clima ficou mais quente pela semifinal da Copa do Brasil que se aproxima. Antes disso, houve também a discussão sobre a mudança de datas que foi parar no tribunal.

RELAÇÃO DE DESGASTE

O ano começou com as diretorias bem próximas. Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, esteve na posse de Augusto Melo, onde deram forte abraço.

O primeiro desgaste já veio na novela Gabigol. A postura de Augusto Melo de ir a público falar sobre o atacante irritou o Flamengo. Ele foi desmentido tanto por dirigentes cariocas como pelo empresário do jogador após afirmar que abriu negociações com clube e atleta. O papo entre as diretorias passou a ser somente profissional e sem facilitações em nome da boa relação.

Depois, o episódio Matheuzinho sacramentou que as coisas não seriam mais tão simples. Após um acerto verbal, o jogador participou de vários treinos do Corinthians. No entanto, o Flamengo alegou ter autorizado apenas os exames médicos. As diretorias divergiam sobre cláusulas e valores do contrato. No fim, o lateral teve de voltar ao Rio de Janeiro e posteriormente recebeu a proposta para ir de maneira definitiva.

Antes de Hugo, o problema foi no STJD. Dirigentes do Flamengo desdenharam da tentativa do Timão de retornar a semifinal às datas originais, algo que não se confirmou no tribunal depois.

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E LUIZA SÁ / Folhapress

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