RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O ex-prefeito de Niterói (RJ) Rodrigo Neves (PDT), 48, venceu neste domingo (27) o segundo turno da eleição municipal, superando o deputado federal Carlos Jordy (PL), 42. Ele retorna ao comando da cidade para o terceiro mandato na cidade do estado do Rio de Janeiro.
Com 100% das urnas apuradas, Neves obteve 57,20% dos votos válidos (156.067 votos), ante 42,80% de Jordy (116.796), segundo o TSE.
Neves assume seu terceiro mandato em janeiro de 2025, sucedendo o prefeito Axel Grael (PDT), seu aliado. O pedetista esteve à frente da prefeitura entre 2013 e 2020 e confirmou o favoritismo após vencer o primeiro turno com 48,47% dos votos válidos.
O ex-prefeito mantém a tradição da cidade de só eleger partidos de esquerda desde a redemocratização. A cidade também foi a única em que o presidente Lula venceu no segundo turno de 2022 na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Neves teve o apoio do PT, mas não contou com a presença de Lula na cidade. Contudo, explorou a imagem de ministros do governo, como Anielle Franco (Igualdade Racial), que participou de agenda na reta final da campanha.
O pedetista também confirma sua reabilitação política após a prisão em 2018 em decorrência de investigação sob acusação de desvio de recursos do transporte na prefeitura. Ele ficou quatro meses detido e, anos depois, teve o caso arquivado. Em 2020, ele já havia conseguido eleger seu sucessor, Axel Grael, em primeiro turno.
Nesta eleição, Neves teve mais dificuldades. Não conseguiu liquidar a fatura no primeiro turno e disputou um segundo turno inédito, com a presença de um nome de direita.
Ao longo da campanha, Jordy buscou suavizar a imagem de radical, construída durante sua trajetória na Câmara dos Deputados. Apoiado por Jair Bolsonaro (PL), ele não explorou a imagem do ex-presidente na campanha e focou em discussões locais.
Em contrapartida, buscou se associar à imagem do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os dois gravaram programa de TV junto na qual usam a gestão paulistana como um exemplo para Niterói.
ITALO NOGUEIRA / Folhapress
