Bandeira relembra gestão no Flamengo

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O deputado federal e ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello foi um dos convidados do Sport Integrity Forum 2024.

Bandeira participou do painel intitulado “Boa Governança no Esporte: avanços, desafios e oportunidades para o futuro” e rechaçou ter feito algo disruptivo no Flamengo.

“Não acho que foi disruptivo, só se levarmos em consideração o futebol como um todo. Alguns já tinham práticas parecidas. O que eu fiz no Flamengo foi só o que eu faria em casa, foi honrar os compromissos do clube”, disse.

Bandeira foi presidente do Flamengo entre 2013 e 2018 e iniciou a retomada financeira do clube com seguidos balanços superavitários e cortes de gastos. A gestão do cartola ganhou diversos prêmios e é considerada até nesta segunda-feira (11) um marco de gestão na história do futebol brasileiro.

A discussão ainda contou com Chantal Pillet, diretora da Kroll Associates, e Daniel Alonso, delegado da LaLiga, com moderação de Eder Traskini, repórter do UOL.

Alonso relatou que metade dos 42 clubes das duas primeiras divisões da Espanha chegou a entrar em recuperação judicial. O modelo LaLiga conta com FairPlay financeiro e é a própria liga que controla o dinheiro da televisão.

“nesta segunda-feira (11), os próprios clubes acabam se fiscalizando. Se alguém sai da linha, outro denuncia, pois não quer ver ninguém levando vantagem por sobre as regras. Tivemos apoio do Governo quando ele entendeu que as dívidas diminuiriam uma vez que a liga controlaria o dinheiro da televisão e só repassaria aos clubes que estivessem dentro da conformidade”.

Bandeira ainda relembrou o episódio da saída de Vagner Love do Flamengo, quando o ex-presidente pensou que seria ameaçado.

“Love era nosso artilheiro e tinha acabado de sair porque não tínhamos como pagar. Eu fui abordado em um lugar público assim, um torcedor me chamou e eu já pensei que ia morrer. Mas na verdade ele me falou que eu estava certo, mesmo, que se não dava pra pagar o cara tinha que ir embora”.

EDER TRASKINI / Folhapress

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