PRF apreende 33 barras de ouro em caminhonete na amazônia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A PRF (Polícia Rodoviária Federal) apreendeu 33 barras de ouro (21 quilos do minério) escondidas em uma caminhonete na BR-174, em Rorainópolis (RR). A apreensão, realizada na quarta-feira (27), é a maior da Operação Omawe, que tem o objetivo de combater o garimpo ilegal em terras indígenas na amazônia.

Duas pessoas que estavam na caminhonete foram presas e o material encontrado foi levado para Boa Vista (RR).

A operação especial começou em fevereiro de 2023 e envolve equipes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) e da Polícia Federal.

Já foram apreendidas 2.113 toneladas de minérios, como ouro e cassiterita, 20 mil litros de combustíveis, 997 metros cúbicos de madeira, 27 armas de fogo e quatro aeronaves.

Durante as ações são inutilizados equipamentos usados para extração ilegal de madeira, ouro e outros minérios, como máquinas, estoques de combustíveis e aeronaves.

A operação faz parte do plano de segurança para a amazônia lançado em agosto de 2023 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Como parte dos esforços, nesta quinta-feira (28) policiais federais prenderam dois servidores públicos e dois empresários suspeitos de participar de uma organização criminosa dedicada a cometer crimes ambientais na região do Tapajós, no oeste do Pará.

Segundo os investigadores, empresários pagavam uma mesada para que os servidores públicos os ajudassem a extrair ouro de garimpos ilegais abertos em terras indígenas e áreas de reserva legal do estado.

Há indícios de que o ouro comercializado pelos investigados foi extraído ilegalmente do entorno da Terra Indígena Munduruku, uma das áreas mais devastadas por atividades ilegais na região. O local é alvo de uma operação para retirada de não-indígenas.

Nos últimos dias foram aplicados R$ 9 milhões em multas pelo Ibama, apreendidos 20 mil litros de óleo diesel e destruídos equipamentos como retroescavadeiras, motores e geradores. O material é avaliado em R$ 44,5 milhões.

Segundo o Ibama, a exploração mineral ilegal agrava a degradação ambiental, provoca problemas sociais como aumento da violência e contribui para a precariedade das condições de vida em comunidades indígenas.

Redação / Folhapress

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