A partida entre a Portuguesa Santista e o São José, que acontecia no Estádio Ulrico Mursa, no bairro Jabaquara, em Santos, na noite de quinta-feira (20), precisou ser paralisada após um episódio de racismo sofrido pelo goleiro do time da casa, pela própria torcida do clube.
O jogo já estava nos 30 minutos do segundo tempo, quando Tom Cristian, de 33 anos, escutou insultos racistas do público. ‘Macaco’, ‘filho da p***’ e ‘preto’ foram alguns dos termos usados na 11ª rodada do Campeonato Paulista da Série A-2, onde o time santista perdia de 3 a 0 para o adversário.
Cerca de quatro colegas de clube testemunharam o ocorrido. O goleiro registrou um boletim de ocorrência mas até o momento, os autores não foram identificados.
O time se posicionou nas redes sociais dizendo que a história é de luta contra todo tipo de preconceito, sobretudo o racial. “A Briosa é o clube que enfrentou o Apartheid e, por isso, repudia o episódio de racismo relatado pelo goleiro Tom, que teria ocorrido na noite desta quinta-feira (20), na partida diante do São José, válida pelo Paulistão A2. Neste momento, a diretoria da Briosa está debruçada em identificar os envolvidos no episódio, para que sejam punidos em conformidade com a lei.
Tom também se pronunciou, dizendo: “Até quando este tipo de crime será levado adiante? A poucos metros de Ulrico Mursa, o maior jogador de todos os tempos, o rei Pelé, um negro, fez a alegria de todos os brasileiros através deste esporte. Temos de seguir na luta para que a cor da pele não seja motivo de inferiorização das pessoas, não só no esporte mas na sociedade em geral. As medidas cabíveis já estão sendo tomadas para que os culpados sejam punidos! Deus me proteja das pessoas ruins! ✊🏾“



