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Prata em 2016, canoísta vira vice da confederação após lesão

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016, Erlon Souza assumiu, recentemente, a vice-presidência da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) na gestão de Rafael Girotto. Ele encarou o novo desafio pouco após a oficialização da aposentadoria, o que aconteceu no Prêmio Brasil Olímpico do ano passado.

“Muito empolgado porque saio de uma transição de atleta agora para uma vice-presidência, onde eu vou ter a oportunidade de continuar contribuindo para o esporte. Tenho muitas ideias. Estou com grandes expectativas nesta nova função, de um lado diferente, agora meio que como um provedor para os atletas”, diz.

Erlon tem no currículo a prata no C2 1000m da canoagem velocidade na Rio-2016 —ao lado de Isaquias Queiroz— e nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015, além de dois ouros em Mundiais. Ele, porém, ficou fora de Tóquio-2020 e Paris-2024 em decorrência de uma grave lesão no quadril.

No fim de março, Erlon ganhou a certificação do Programa de Carreira do Atleta – Núcleo de Transição de Carreira (PCA Transição), do Comitê Olímpico do Brasil.

“Eu senti a necessidade de alguém me dar algo para que eu viesse ter um norte daquilo que eu poderia vir a fazer. Encontrei nesse curso do COB justamente isso, essas explicações para que eu pudesse fazer uma transição mais saudável possível. A lesão era nítida, a cirurgia foi um sucesso, mas, para o alto rendimento, não foi o suficiente. A partir do momento que eu detectei essa deficiência, fui logo trocando o chip e comecei a me preparar para fazer esse curso”, afirma.

O ex-atleta começou a ter dores no quadril esquerdo em março de 2020. Exames apontaram um diagnóstico para Legg-Calvé-Perthes, doença causada por uma interrupção temporária do fluxo de sangue para a cabeça do fêmur. Ele passou por uma artroplastia no ano seguinte, e avançou na recuperação, mas não conseguiu estar nas Olimpíadas do ano passado.

“Algo que eu sempre tive comigo é de os atletas, principalmente quem teve bons resultados e boas formações, estarem envolvidos com a parte administrativa, com as confederações, porque somos nós que sabemos o que um atleta passa e o que pode ser necessário para uma boa execução, o que necessita nos seus treinamentos, em viagens… É, basicamente, por saber das necessidades dos atletas e poder hoje contribuir nesse outro lado”, diz Erlon.

Sobre a transição de carreira, Erlon lembrou que passou a trabalhar dois cenários em sua cabeça. “Tive um suporte excelente junto ao COB e à confederação, que fizeram com que eu já criasse algumas expectativas do Erlon que poderia ser dentro d’água, como atleta, e do Erlon fora d’água. Criei duas possibilidades e caso o plano A, que era permanecer como atleta, não desse certo, eu tinha uma porta aberta”.

Na mesma turma de Erlon, se formou a ex-velocista Rosangela Santos. Bronze em Pequim-2008, ela passou a integrar uma comissão de gerência regional da Secretaria de Esportes do Município do Rio de Janeiro.

ALEXANDRE ARAUJO / Folhapress

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