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Parlamento confirma Merz como premiê da Alemanha, após fiasco na primeira votação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O líder conservador Friedrich Merz foi eleito primeiro-ministro pelo Parlamento da Alemanha nesta terça-feira (6), em uma segunda votação marcada após uma derrota histórica na primeira tentativa, horas antes.

O fracasso anterior foi algo inédito na Alemanha do pós-guerra e um constrangimento para um homem que prometeu reavivar o crescimento econômico em um momento de turbulência global.

O resultado ocorre após Merz não alcançar a maioria simples no Parlamento para se tornar primeiro-ministro da Alemanha em uma votação pela manh㠗um fracasso inédito no período pós-guerra. Na primeira rodada, o Bundestag inesperadamente lhe deu 310 votos, 6 a menos do que o necessário, apesar de sua coalizão de governo somar 328 parlamentares.

A votação expôs a fragilidade do acordo do conservador da aliança CDU/CSU com os sociais-democratas do SPD, partido do ainda primeiro-ministro, Olaf Scholz. Embora não tenha sido um revés fatal, o fracasso representa um constrangimento para o homem que prometeu restaurar a liderança alemã no cenário mundial.

Após o fiasco, políticos passaram horas discutindo o caso. “Sem dúvida, esta é uma situação especial”, admitiu Jens Spahn, líder da CDU no Parlamento. “Toda a Europa, talvez o mundo inteiro esteja acompanhando esta eleição.”

O peso da votação se deve à conjuntura política europeia. Merz, 69, foi o vencedor das eleições legislativas de 23 de fevereiro e é visto com esperança em uma Europa desorientada pela política diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A aliança prometia reativar o crescimento da economia alemã, que enfrenta seu terceiro ano de recessão em meio a uma guerra comercial desencadeada por Trump, e aumentar drasticamente os gastos com defesa, em um contexto de desconfiança dos EUA em relação à Otan.

“Toda a Europa olhou para Berlim hoje na esperança de que a Alemanha se reafirmasse como uma âncora de estabilidade e uma potência pró-europeia”, disse Jana Puglierin, chefe do escritório de Berlim do think tank Conselho Europeu de Relações Exteriores. “Essa esperança foi frustrada. Com consequências muito além das nossas fronteiras.”

Após a votação, Merz, visivelmente chocado, levantou-se para conversar com colegas.

Membros do partido disseram na segunda (5) que ele alcançaria a maioria, apesar de discordâncias em relação a indicações para o gabinete, compromissos políticos e um enorme pacote de empréstimos aprovado pelo antigo Parlamento.

O único vencedor do desastre de terça-feira é a extremista AfD (Alternativa para a Alemanha), que ficou em segundo lugar em fevereiro e liderou algumas pesquisas recentes, afirma Manfred Guellner, pesquisador do Instituto Forsa de Pesquisa Social e Análise Estatística. “A confiança nas instituições políticas está ainda mais prejudicada”, diz ele.

Redação / Folhapress

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