A televisão brasileira está de luto. Morreu hoje, aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, um dos maiores galãs da história da televisão brasileira. A informação foi confirmada por sua família após um período de internação de cerca de duas semanas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde permaneceu sedado nas últimas semanas. A causa da morte não foi divulgada.
Nascido em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, Cuoco era filho de imigrantes italianos e iniciou sua trajetória longe dos holofotes, trabalhando com o pai como feirante e estudando Direito à noite. Sua vocação, porém, o levou à Escola de Arte Dramática, da qual saiu para estrear na televisão em 1957, com participações nos teleteatros da TV Tupi. A partir dos anos 1960, emplacou muitos sucessos e tornou-se símbolo de masculinidade e charme nas novelas da TV Excelsior e, principalmente, da Globo.
Na Rede Globo, imortalizou personagens como Cristiano Vilhena em Selva de Pedra (1972), Carlão em Pecado Capital (1975) e o emblemático Herculano Quintanilha em O Astro (1977). Veja abaixo.

Sua carreira se estendeu até os anos 1990, com papéis fortes também em O Semideus, O Outro, Lua Cheia de Amor, Passione e A Vida da Gente. Nos cinemas, participou de filmes como Traição, Gêmeas, Um Anjo Trapalhão e Real Beleza. Reconhecido por sua força cênica, Cuoco recebeu prêmios como APCA, Troféu Mário Lago, entre outros.
Nos últimos anos, o ator vivia recluso em um apartamento na zona sul de São Paulo, sob os cuidados da irmã Grácia e de cuidadores. Em entrevistas recentes revelou dificuldades com mobilidade, pesa cerca de 130 kg, utilizava sonda nasal e necessitava de assistência para tarefas diárias. Apesar dos problemas de saúde, ele mantinha bom humor e relembrou sua fase de galã, dizendo: “Lembro direitinho… era um ‘galãzura’ mesmo”. Francisco Cuoco deixa três filhos.



