Em uma ação coordenada para garantir a segurança hídrica, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) reduziram o volume de água que a Sabesp pode retirar do Sistema Cantareira. A medida entrou em vigor hoje e diminuiu a quantidade permitida de 31 m³/s para 27 m³/s.
Essa decisão responde à queda do nível dos reservatórios do Cantareira, que atingiu volumes abaixo de 40% em agosto. As chuvas abaixo da média contribuíram para essa situação. Atualmente, o sistema, que inclui cinco reservatórios principais, opera com 35,23% de sua capacidade útil.
Plano de contingência em andamento
A redução na vazão autorizada para a Sabesp se alinha às ações preventivas do Governo de São Paulo. Na última segunda-feira, por exemplo, a Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) já havia determinado um regime de prevenção e contingência.
Este regime, que segue orientações da SP Águas, prevê a gestão de demanda noturna por oito horas na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). As ações ocorrem das 21h às 5h para economizar cerca de 4 m³/s. Essa medida continua até que os níveis dos reservatórios se recuperem. Além disso, a Sabesp deve apresentar um Plano de Contingência específico para a RMSP.
Ações para o futuro e conscientização
Para mitigar os efeitos da redução de vazão, a Sabesp pode usar a água bombeada do reservatório de Jaguari para atingir o limite de 33 m³/s. O reservatório faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul.
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Em resumo as agências reguladoras recomendam que a Sabesp e outros usuários do sistema tomem mais medidas para preservar o volume de água. O Governo de São Paulo também lançou uma campanha de conscientização, incentivando a população a reduzir o consumo com ações simples, como o reparo de vazamentos e o uso de máquinas de lavar com carga completa.
O Sistema Integrado Metropolitano, que interliga grandes e pequenos mananciais, é crucial para a resiliência em períodos de seca. Obras recentes, como a transposição Jaguari-Atibainha e o Sistema São Lourenço, melhoraram a segurança hídrica. Outros investimentos significativos virão, com mais de R$ 1,2 bilhão destinados a novas obras de resiliência hídrica até 2027.



