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Carlos Moreno apresenta álbum inédito com 51 Intérpretes e propõe nova escuta da música instrumental brasileira

Em um álbum inédito, recém-lançado, o maestro, compositor e educador Carlos Moreno revisita sua trajetória e lança luz sobre um repertório instrumental plural e profundamente brasileiro. Reunindo 51 intérpretes, todos eles comprometidos com a inclusão social, a proximidade e o encantamento do público, o projeto “A Música Instrumental de Carlos Moreno por 51 Intérpretes” propõe uma escuta renovada de obras que entrelaçam referências eruditas e raízes folclóricas, abrindo espaço para novas leituras da música de concerto produzida no Brasil.

As gravações contemplam obras com formações variadas — de quartetos de violas e quintetos de metais a peças para harpa solo, sopros e percussão — e revelam a amplitude estética e o domínio técnico do maestro. Entre os destaques estão Suite Brasileira para Metais e Percussão, com três movimentos (maracatu, lamento, e marcha- frevo); A Mariposa, cujo arpejado evoca o voo de uma mariposa em direção à luz; e O Vidente, com declamação de poema de Castro Alves. O álbum transita entre o lirismo e o virtuosismo, sempre ancorado em uma linguagem que se alimenta do folclore e da vida popular brasileira, mas dialoga com a tradição europeia do contraponto e da forma.

Foto: Divulgação.

“Essas obras trazem as minhas digitais mais sinceras”, afirma Moreno. “Estão marcadas pelas polifonias da infância como Menino Cantor em Petrópolis, pela convivência com grandes mestres como Guerra-Peixe e Ernani Aguiar, pelas vivências com capoeira e música periférica, e por anos de estudo e regência dentro e fora do Brasil.”

Com mais de 80 obras publicadas na Editora da Academia Brasileira de Música, Moreno vem se consolidando como uma das vozes singulares da composição contemporânea nacional. Seu trabalho, ao mesmo tempo rigoroso e afetivo, abre espaço para a brasilidade em meio aos paradigmas eurocêntricos ainda dominantes na formação do músico clássico no país. “Queremos mostrar a músicos e ao público que essa brasilidade também pode ser sinônimo de sofisticação”, explica.

Além das gravações, o projeto prevê oficinas, workshops e concertos com participação do maestro, fomentando a troca com jovens intérpretes e ampliando

o acesso ao repertório. A proposta é fortalecer o diálogo entre criação, performance e educação, e oferecer à cena musical brasileira novos fonogramas de referência.

Moreno também destaca a importância da diversidade no elenco: “Fico emocionado ao ver tantos músicos extraordinários, entre eles diversos ex-alunos meus, hoje em grandes orquestras do país, participando como solistas desse trabalho. Há aqui um compromisso com a representatividade étnico-racial e de gênero, e com a valorização de trajetórias que nascem muitas vezes longe dos centros hegemônicos.”

Ao unir excelência artística, compromisso social e um olhar sensível para o Brasil profundo, o projeto não apenas celebra a obra de Carlos Moreno, mas reitera a potência da música como instrumento de transformação e pertencimento. O álbum completo está disponível nas principais plataformas de streaming.

Sobre Carlos Moreno

Carlos Moreno é maestro, compositor e educador brasileiro, reconhecido internacionalmente por sua atuação à frente de importantes orquestras. Natural de Petrópolis (RJ), é bacharel em violino pela Universidade do Rio de Janeiro (UNI-Rio) e pós-graduado em Regência Orquestral pela Zurique Musickochshule (atualmente Universidade de Zurique), na Suíça. Moreno é cofundador e foi regente titular da Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, criada em 2017, e já regeu orquestras como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo (OSM), a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF. Sua carreira inclui apresentações na Europa, Estados Unidos, América Latina e Ásia.

Premiado duas vezes com o Prêmio Carlos Gomes, incluindo a categoria Maestro Revelação, Moreno também venceu o Concurso Latino-Americano de Regência da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP) em 1998. Além de sua atuação como regente, é compositor com mais de 80 obras publicadas pela Editora da Academia Brasileira de Música, muitas delas com forte inspiração no folclore nacional e linguagem erudita. Sua trajetória é marcada pela busca constante de uma música que una excelência artística, compromisso social e valorização da identidade cultural brasileira.

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