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Lula diz que megaoperação no RJ foi ‘desastrosa’ e fala em investigação independente

Operação Contenção deixou 121 mortos e é considerada a mais letal do estado

Lula | Ricardo Stuckert/PR
Lula | Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “desastrosa” a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. Durante entrevista a veículos internacionais nesta terça-feira (4), em Belém (PA), ele criticou a forma como a ação foi conduzida.

“O dado concreto é que a operação do ponto de vista da quantidade de mortes, ela foi considerada um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, declarou em coletiva.

Lula também afirmou que o governo federal avalia a participação de peritos da Polícia Federal em investigações independentes.

“Nós estamos inclusive vendo se os legistas da Polícia Federal participam da investigação do processo. Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, e não de matança, e houve a matança”, afirmou.

A declaração ocorreu durante sua passagem por Belém, cidade que sediará a COP30, conferência climática da ONU. Até então, o presidente vinha se manifestando apenas pelas redes sociais, ressaltando a importância de uma ação coordenada no combate ao crime organizado.

Um dia após a operação, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou em entrevista que o presidente Lula estava “estarrecido” com o número de mortos na ação policial mais letal do Rio.

A Operação Contenção gerou atrito entre o Palácio do Planalto e o governador Cláudio Castro (PL). O chefe do Executivo fluminense acusou o governo federal de negar apoio e recusar três pedidos de ajuda às Forças Armadas. As declarações foram rebatidas rapidamente por Lewandowski que negou as acusações durante entrevista coletiva.

Na ausência de Lula – que estava cumprindo agência oficial na Ásia quando a operação ocorreu – o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, realizou uma reunião de emergência sobre o tema com os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Macaé Evaristo (Direitos Humanos), Sidônio Palmeira (Secom) e Jorge Messias (AGU), além do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto. Castro participou de parte da reunião por telefone.

Após o encontro, o governo federal divulgou uma nova nota reforçando que não houve negativa de apoio e anunciou o envio de ministros ao Rio de Janeiro. Além disso, o governo autorizou a transferência de cerca de dez presos ligados ao Comando Vermelho para presídios federais de segurança máxima, após solicitação de Castro.

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