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MP denuncia Bigodini por crimes relacionados à acidente na Av. do Café

Vereador afastado foi denunciado por falsidade ideológica, fraude processual e embriaguez ao volante

Horas antes do acidente, Bigodini foi flagrado acompanhado por duas mulheres em uma balada | Foto: Divulgação

O vereador afastado Bigodini (MDB) foi denunciado pelo Ministério Público de Ribeirão Preto por fraude processual, embriaguez ao volante e falsidade ideológica, após inquérito da Polícia Civil responsabilizar o político pelo acidente ocorrido na Avenida do Café, na madrugada de 28 de setembro.

A denúncia ocorreu após o MP descartar a possibilidade de um ANPP (Acordo de Não-Persecução Penal). Pelo parecer encaminhado à Justiça na última quarta-feira (19), o órgão indica a inviabilidade do acordo pela ocupação de uma cadeira no Legislativo Municipal.

O acordo permitiria ao parlamentar confessar os crimes e substituir uma pena de prisão por multa ou serviços comunitários. Clique aqui e leia a posição de um advogado criminalista sobre os crimes cometidos e penas possíveis.

Diante das informações apuradas pela Polícia Civil, o Ministério Público pediu a abertura de uma ação penal pelos três crimes. No caso da embriaguez ao volante, foi incluída uma agravante prevista no Código de Trânsito Brasileiro que aumenta a pena para motoristas que provocam acidentes “com dano para duas ou mais pessoas” ou “risco de grave dano patrimonial a terceiros”.

Álcool, direção perigosa, mentiras e indiciamento

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de 24 de outubro, a Polícia Civil confirmou que o vereador Bigodini (MDB) conduzia o veículo que atropelou uma árvore da avenida do Café, durante a madrugada de 28 de setembro.

Além da direção do veículo, os agentes competentes apuraram que Bigodini pilotava em alta velocidade e sofria alteração alcóolica quando acidentado. Na rodovia Anhanguera, por exemplo, o político foi filmado pilotando a 183 km/h.

Para o registro da ocorrência em seguida ao sinistro, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, uma mulher de 29 anos teria se apresentado como condutora do veículo. Mesmo sem sinal de embriaguez, a suposta motorista não apresentou a Carteira Nacional de Habilitação, por não possuir o documento.

A afirmação, entretanto, foi rapidamente contestada por vídeos amadores publicados nas redes sociais. Nas imagens, após o acidente, Bigodini foi filmado deixando o banco do motorista do carro, enquanto a mulher descia simultaneamente pelo lado passageiro do veículo. As imagens auxiliaram a elucidação do fato investigado.

“Após a apuração foi possível concluir que era o vereador quem dirigia o veículo no momento do acidente. E não só no momento do acidente, há provas de que várias horas antes do acidente em diversos locais, ele havia ingerido bebida alcoólica e também dirigiu o veículo na sequência”, retrucou a Civil.

Ainda segundo informado pelo registro policial inicial, o veículo acidentado era alugado. Os dois ocupantes se recusaram a realizar o teste do bafômetro.

Conforme informado na coletiva, Bigodini responderá por embriaguez ao volante, falsidade ideológica e fraude processual.

Na ocasião, em comunicado à imprensa, publicado na tarde da mesma sexta-feira, a defesa do vereador se manifestou publicamente e alegou que “uma vez mais, tomou conhecimento, por meio das mídias digitais, da existência de novos elementos probatórios que foram juntados aos autos apenas nesta data (24)”.

Disse ainda que foram anexadas novas 233 folgas ao processo, “motivo pelo qual não houve tempo hábil para que a defesa procedesse à análise minuciosa de todo o conteúdo apresentado”.

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