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Conselho de Ética decide suspender Bigodini por seis meses

Reunião aconteceu no início da tarde desta terça-feira (04); Assista na íntegra

Bigodini foi eleito vereador por mais de cinco mil votos | Foto: Reprodução

Durante reunião do Conselho de Ética nesta terça-feira (04), foi anunciada a decisão de suspender o vereador Bigodini (MDB) por 6 meses. Os direitos políticos serão mantidos, bem como o vínculo parlamentar.

“O cargo de vereador não se encerra na tribuna ou no plenário. Ele acompanha o agente político em todos os espaços da vida pública e privada”, disse o relator Vila Abranches. “Nenhum ato do agente público é puramente individual”, continuou o membro relator, ainda destacando o impacto do caso investigado contra a integridade do legislativo municipal e a moral pública da Casa de Leis.

Durante o período proposto, Bigodini não receberá salários.

A avaliação do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ainda será encaminhada ao plenário, que concluirá a causa por votação – prevista para acontecer na próxima segunda-feira (10).

Participaram da reunião: Diácono Ramos (União), Brando Veiga (REP), Maurício Vila Abranches (PSDB) e Franco Ferro (PP). Apenas Jean Corauci (PSD) esteve ausente na reunião – a falta foi justificada por um atestado médico.

O pedido de cassação pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar foi aprovado durante a primeira Sessão Ordinária do mês, realizada em 1 de outubro, por 19 votos.

O requerimento, executado por um popular, foi encaminhado à Mesa Diretora da Câmara em 30 de setembro e acusa quebra de decoro parlamentar “com base em confissão de prática de crime contra o Código de Trânsito Brasileiro”.

Álcool, direção perigosa, mentiras e indiciamento

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de 24 de outubro, a Polícia Civil confirmou que o vereador Bigodini (MDB) conduzia o veículo que atropelou uma árvore da avenida do Café, durante a madrugada de 28 de setembro.

Além da direção do veículo, os agentes competentes apuraram que Bigodini pilotava em alta velocidade e sofria alteração alcóolica quando acidentado. Na rodovia Anhanguera, por exemplo, o político foi filmado pilotando a 183 km/h.

Para o registro da ocorrência em seguida ao sinistro, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, uma mulher de 29 anos teria se apresentado como condutora do veículo. Mesmo sem sinal de embriaguez, a suposta motorista não apresentou a Carteira Nacional de Habilitação, por não possuir o documento.

A afirmação, entretanto, foi rapidamente contestada por vídeos amadores publicados nas redes sociais. Nas imagens, após o acidente, Bigodini foi filmado deixando o banco do motorista do carro, enquanto a mulher descia simultaneamente pelo lado passageiro do veículo. As imagens auxiliaram a elucidação do fato investigado.

“Após a apuração foi possível concluir que era o vereador quem dirigia o veículo no momento do acidente. E não só no momento do acidente, há provas de que várias horas antes do acidente em diversos locais, ele havia ingerido bebida alcoólica e também dirigiu o veículo na sequência”, retrucou a Civil.

Ainda segundo informado pelo registro policial inicial, o veículo acidentado era alugado. Os dois ocupantes se recusaram a realizar o teste do bafômetro.

Conforme informado na coletiva, Bigodini responderá por embriaguez ao volante, falsidade ideológica e fraude processual.

Na ocasião, em comunicado à imprensa, publicado na tarde da mesma sexta-feira, a defesa do vereador se manifestou publicamente e alegou que “uma vez mais, tomou conhecimento, por meio das mídias digitais, da existência de novos elementos probatórios que foram juntados aos autos apenas nesta data (24)”.

Disse ainda que foram anexadas novas 233 folgas ao processo, “motivo pelo qual não houve tempo hábil para que a defesa procedesse à análise minuciosa de todo o conteúdo apresentado”.

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