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5 curiosidades sobre o radialista Almirante

Há exatos 35 anos, no dia 22 de novembro de 1980, falecia – aos 72 anos – o  cantor, compositor e radialista carioca Almirante, conhecido como “a mais alta patente do rádio”, na Era de Ouro do Rádio,  período que durou entre os anos 30 e 40.

Pioneiro da música popular no país, ele foi um dos mais criativos profissionais do rádio no Brasil. Hoje, trouxemos 5 curiosidade sobre o radialista para você conhecer mais sobre quem foi Almirante e sua importância para a música brasileira.

1 – O nome “Almirante”

Nascido Henrique Foréis Domingues, em 1926, foi fazer a reserva naval, na Marinha de Guerra do Brasil e, no ano seguinte, participou – no Rio de Janeiro – das solenidades de recepção do hidroavião Jahu, que fez a terceira travessia aérea do Atlântico Sul, a primeira da história sem escalas, em 1927.

Ele estava em um carro que cruzava as ruas da capital, com o Capitão Matias da Costa, dirigente da reserva, sentado na frente, e ele atrás, como ordenança, instalado em um banquinho, todo duro e engomado. Na rua, perguntavam: 

  • Quem é o da frente? 
  • É o comandante. 
  • E esse aí atrás?
  • Ah, esse deve ser o Almirante! 

O apelido pegou. E o reservista naval Henrique Foréis Domingues foi definitivamente promovido a Almirante, nome que levou consigo quando tornou-se um nome importante da música brasileira.

2 – Teve sua primeira banda com Noel Rosa e João de Barro

Almirante começou sua carreira musical em 1928, no grupo amador “Flor do Tempo”, formado por alunos do Colégio Batista, do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Além dele – que cantava e tocava pandeiro – faziam parte do grupo os violonistas Braguinha – conhecido comoJoão de Barro Alvinho e Henrique Brito

Em 1929, o grupo foi convidado a gravar um disco e incluiu mais um violonista, do bairro vizinho de Vila Isabel, um jovem talentoso chamado Noel Rosa. Com a entrada de Noel, o grupo foi rebatizado para “Bando de Tangarás”, nome inspirado numa lenda do litoral paranaense, a “dança dos tangarás” que conta a história de um grupo de pássaros (os tangarás) que se reúne para dançar e cantar alegremente. 

Bando dos Tangarás: Almirante, Braguinha, Henrique Brito, Noel Rosa e Alvinho | Imagem: Reprodução

O Bando se desfez em 1933 – e Noel Rosa faleceu em 1937, com apenas 26 anos – mas Almirante continuou sua carreira como cantor, interpretando sambas e músicas de carnaval, muitas de grande sucesso e hoje clássicos da música popular brasileira, como:

  • O Orvalho Vem Caindo (de Noel Rosa e Kid Pepe)
  • Yes, Nós Temos Bananas
  • Touradas em Madri (ambas de João de Barro e Alberto Ribeiro)

Almirante também é autor – ao lado de Homero Dornelas – de uma das mais famosas músicas carnavalescas, “Na Pavuna”, de 1930. 

3 –  Um dos maiores nomes da Era de Ouro do Rádio

Almirante ingressou no rádio no início dos anos 1930, como cantor, no programa “Casé”. Em 1935, criou o quadro “Curiosidades Musicais”. No final dos anos 1930, já na Rádio Nacional, lançou o programa “Caixa de Perguntas”

O artista por emissoras diversas, como:

  • Rádio Philips
  • Nacional
  • Record
  • Tupi
  • Globo
  • Club do Brasil 

E também teve programas, em que – todos eles – a divulgação da música popular de todos os cantos do Brasil era o maior foco. Alguns dos programas apresentados por Almirante foram:

  • Tribunal de Melodias
  • História do Rio pela Música
  • Instantâneos Sonoros do Brasil
  • História das Orquestras e Músicos
Almirante ao microfone da Rádio Nacional, Rio de Janeiro (1942) | Foto: Acervo Almirante/MIS-RJ
Almirante ao microfone da Rádio Nacional, Rio de Janeiro (1942) | Foto: Acervo Almirante/MIS-RJ

4 – Foi o primeiro biógrafo de Noel Rosa

Almirante possuía uma enorme biblioteca e discoteca sobre música brasileira. Em 1951, ele tornou-se o primeiro biógrafo de Noel Rosa, o Poeta da Vila, ao produzir para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas semanais “No Tempo de Noel Rosa”, com histórias, depoimentos e interpretações de suas músicas, muitas delas inéditas. 

Entre outubro de 1952 e janeiro de 1953, também publicou na Revista da Semana, em capítulos, “A Vida de Noel Rosa”. Em 1963, com o mesmo título da série radiofônica, a editora Francisco Alves lançou seu livro sobre o ex-companheiro do Bando de Tangarás. 

Durante todo o tempo em que se manteve ativo, Almirante tambémcuidou de formar – com suas pesquisas e produções em décadas de atuação em emissoras de rádio – o arquivo de música popular adquirido pelo Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, em 1965. 

5 – “Incrível, Fantástico, Extraordinário”,

Além de sua relação com o samba, Almirante também se tornou famoso em todo o Brasil por criar e apresentar o seu programa de maior sucesso: “Incrível, Fantástico, Extraordinário”, na Rádio Tupi, que mais tarde veio a se tornar filme, programa de televisão, revista em quadrinhos e livro. 

No programa, Almirante recebia cartas dos ouvintes da Tupi contando histórias misteriosas que teriam acontecido com eles, e no programa essas narrativas eram interpretadas pelos atores e músicos da rádio. O programa atravessou as décadas de 1950 e 1960, e até nos anos 1990 ainda existiam novas versões. 

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