O Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo anunciou para 15 de março a retomada da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. A navegabilidade ocorrerá de forma gradativa, com calado inicial de 2,40 mts, e a previsão é que atinja a forma plena até o final do mês de março.
O trecho mais atingido por conta da falta de chuva na região, desde agosto do ano passado, foi o do pedral de Nova Avanhandava, em Buritama (SP), entre Pederneiras (SP) e São Simão (GO). Nesse trajeto normalmente são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira.
A hidrovia Tietê-Paraná chegou a ter 10 comboios operando, de um total de 24 que funcionavam de janeiro a maio de 2021. Crises hídricas como a que está sendo superada afetam diretamente o transporte da produção agrícola do Brasil. Pela hidrovia são escoadas as produções agrícolas para os reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira com destino a São Simão (e vice-versa).
Dos 2.400 km de extensão de toda a hidrovia Tietê-Paraná, 800 km estão no Estado de São Paulo. Antes da paralisação do pedral de Nova Avanhandava, em Buritama, a hidrovia Tietê vinha transportando níveis recordes da produção agrícola brasileira, principalmente de soja e milho.
Em 2020, somou 2,1 milhões de toneladas de cargas transportadas, mesmo com a pandemia. No ano anterior (sem covid-19), a movimentação havia sido de 2,5 milhões de toneladas no trecho de São Paulo, administrado pelo Departamento Hidroviário.