Justiça decreta prisão preventiva de mulher que se passava por médica em Coroados

0

A Justiça decretou a prisão preventiva da mulher de 27 anos que foi presa em flagrante na tarde de segunda-feira (4) ao ser flagrada atuando como médica em uma unidade de saúde de Coroados (SP), utilizando o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) de um médico urologista. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Com a decisão, tomada durante audiência de custódia, ela deve permanecer à disposição da Justiça por tempo indeterminado.

Segundo apurado pela reportagem, a investigada tem como endereço um imóvel em Glicério. Ela afirmou à polícia que foi contratada pela Prefeitura de Coroados, por meio da Secretaria de Saúde, para fazer plantões semanais de 12 horas, por um salário de R$ 4 mil mensais. A contratação teria sido intermediada por uma empresa terceirizada de Piracicaba.

Desconfianças surgiram quando, durante seu primeiro dia de trabalho na unidade de saúde, enfermeiros e técnicos observaram comportamentos suspeitos. Ao investigar o registro no CRM apresentado por ela, constatou-se que pertencia a um médico urologista, o que surpreendeu a equipe de saúde.

A Polícia Civil foi acionada, e o investigador solicitou cópias dos documentos apresentados pela investigada. Além disso, entrou em contato com a faculdade em São José do Rio Pardo, onde ela afirmou ter se formado em Medicina em 2022. No entanto, foi informado que a primeira turma de medicina do campus teve início justamente em 2022, e não há registros de turmas formadas pela instituição.

Em interrogatório conduzido pelo delegado Nilton Aparecido Marinho, a investigada confessou ter pago R$ 40,00 a um desconhecido para obter os documentos falsos, os quais utilizou para ser contratada de forma terceirizada como médica.

Durante a operação, foram apreendidos um carimbo com o nome da investigada e o CRM do médico urologista, além de diversos documentos e o celular da acusada. Ela será indiciada por exercício ilegal da medicina, perigo para a vida ou à saúde de outrem, falsidade ideológica, uso de documento falso e tentativa de estelionato.