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Minimalismo

Adelmo Pinho
Adelmo Pinho
Adelmo Pinho escreve a coluna Reflexão no TH+ Araçatuba. É articulista, cronista e membro da Academia de Letras de Penápolis e da Academia Araçatubense de Letras. Foi Procurador do Estado de São Paulo e está como Promotor de Justiça desde 1995.
Minimalismo | Imagem Ilustrativa

O minimalismo baseia-se na ideia de um modo de viver mais simples, com a redução do consumo. Esse movimento surgiu na década de 1950 em Nova York, quando um grupo de artistas passou a usar menos cores para a realização das suas obras, economizando. Desde então, esse modo de agir vem sendo adotado no mundo, sob vários enfoques.

O problema é que nem sempre é fácil deixar de comprar o que se tem vontade e ter uma vida simples, principalmente quando se possui disponibilidade financeira. Produtos de grifes, como Prada, Valentino e Dolce & Gabbana são tentadores …

O minimalismo também pode ser aplicado na área digital, como: limitar redes sociais; reduzir notificações do celular; reservar horário específico para responder e-mails e mensagens; limitar o uso de tela etc.

Pensemos sobre outras hipóteses: se compro menos produtos, por consequência, produzo menos lixo e estou agindo eticamente e sob a cultura minimalista; se priorizo o uso de transporte coletivo, estou sendo ético e minimalista, porque deixo de usar um meio de transporte individual, contribuindo com o meio ambiente e com o trânsito.

A boa pergunta é: posso ser feliz, sendo minimalista, usando menos bens e serviços? O desejo (vontade) é de difícil controle … o Budismo ensina muito sobre o tema e Schopenhauer, também! Para este, a vontade é o princípio fundamental da natureza que move o mundo.

Se consigo controlar o desejo (vontade), tenho controle sobre mim e posso ser feliz com menos. Felicidade é um estado de espírito, sem necessariamente estar relacionado a bens materiais.

O controle do desejo vai de encontro com a cultura minimalista. Epicteto disse que a liberdade é garantida não pela satisfação dos desejos, mas pela remoção deles. Penso que o desapego ao material requer íntimo autoconvencimento com a relativização do desejo (vontade). Será que conseguirei controlar-me num belo shopping, deixando de comprar o que não preciso?

Comprar sempre coisas por impulso, sem necessidade, pode ser o transtorno compulsivo chamado oniomania (doença em que a pessoa não consegue deixar de comprar algo e se sente culpada quando o faz).

Minimalismo não é modismo; é um estilo de vida. Sócrates, Buda, Jesus Cristo, São Francisco de Assis e Chico Xavier foram pessoas notáveis e iluminadas, que optaram por uma vida simples (minimalista). O simples comumente está relacionado ao belo, ao divino, à verdade, ao espontâneo … Sábio foi Sócrates (4 a.C), que frequentava a feira de Atenas, somente para ver tudo o que não precisava (desapego).

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