Réu acusado de mandar matar ex-companheira é condenado em Araçatuba

Na cidade de Araçatuba (SP), Lucas Carvalho de Jesus Lopes, residente no bairro Alvorada, recebeu uma condenação de 15 anos, 4 meses e 10 dias de prisão, no regime inicial fechado. A sentença é resultado de sua acusação como o mandante do assassinato de sua ex-companheira, Vilma da Silva Ramos, de apenas 20 anos, em um crime ocorrido em novembro de 2020, no bairro Umuarama.

O namorado da vítima na época também foi alvo dos disparos, sofrendo ferimentos devido a dois tiros, um deles de raspão no pescoço. Consequentemente, a pena imposta a Lucas Lopes abrange tanto o homicídio quanto a tentativa de homicídio.

Samira Pichitelli da Silva, companheira de Lucas, que estava com ele no veículo no momento dos crimes, também enfrentou a justiça e foi condenada a 7 anos de prisão, com regime inicial semiaberto. Ambos os réus não terão a possibilidade de recorrer em liberdade.

O julgamento ocorreu no Fórum de Araçatuba na quarta-feira (4), e a reportagem acompanhou parte do processo. Os familiares da vítima, incluindo a mãe de Vilma, estavam presentes no salão do Júri, e as emoções estavam à flor da pele. As lágrimas fluíram quando o promotor de Justiça, Adelmo Pinho, fez seu pronunciamento, pedindo a condenação dos réus.

A defesa de ambos os acusados foi conduzida pelos advogados Anderson Segura Delpino, no caso de Samira, e Breno Alexandre da Silva Carneiro, no caso de Lucas. Ambos defenderam a absolvição com base na alegada falta de provas.

O caso em questão relatou que o casal vítima começou a ser seguido pelos réus enquanto saíam de um posto de combustíveis na rotatória da rua Baguaçu com a Pompeu de Toledo. Um adolescente e José Henrique da Silva estavam em outro veículo, que teria sido usado para efetuar os disparos. O adolescente já havia sido condenado por ato infracional de homicídio e tentativa de homicídio, enquanto José Henrique foi assassinado a tiros em abril de 2021.

Vilma e seu namorado foram atingidos pelos tiros quando ele parou o veículo a pedido dela, após serem seguidos por mais de dois quilômetros. Vilma acreditava que o ex-companheiro queria conversar sobre o filho deles. Após os disparos, o namorado dela fugiu para buscar socorro, deixando Vilma no local, e o réu teria tentado impedi-lo de escapar, mas sem sucesso.

Os réus foram presos na mesma madrugada dos crimes, e Lucas negou envolvimento, afirmando que testemunhou um tiroteio entre o carro das vítimas, um VW Gol, e outro veículo Monza. Alegou que fugiu para Birigui e foi detido quando retornou para casa. Samira também negou ter encomendado a morte do casal.

No entanto, a acusação sustentou que os réus confirmaram estar no local do crime, inclusive em depoimentos em juízo. Além disso, Lucas teria confessado informalmente aos policiais militares, durante sua detenção, sua participação no assassinato de sua ex-companheira, em virtude de desentendimentos relacionados ao filho deles.

O julgamento foi presidido pelo juiz Danilo Brait, e ao seu término, os réus foram levados de volta aos presídios para aguardar eventuais recursos. O promotor de Justiça Adelmo Pinho destacou a tristeza da situação, enfatizando que Vilma, com apenas 20 anos, deixou um filho pequeno e toda uma vida pela frente.

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