O novo técnico da seleção brasileira, Dorival Jr., fez sua estreia em dois amistosos internacionais e deixou uma boa impressão ao bater a Inglaterra em Wembley e ao empatar com a Espanha em Madri.
Apesar de hoje ser quase uma unanimidade, se voltássemos no tempo apenas dois anos, ninguém acreditaria que Dorival chegaria tão longe em tão pouco tempo.
Ao ficar quase dois anos desempregado, após ser demitido pelo Athletico Paranaense em 2019, Dorival estava completamente esquecido no cenário do futebol brasileiro.
Seu retorno foi em 2022, através do Ceará. Seu bom trabalho no Vozão chamou a atenção do Flamengo, que o contratou ainda naquele ano. No rubro negro, foi campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Mesmo com os títulos, foi demitido ao final da temporada. Quatro meses depois, acertou com o São Paulo, onde se sagrou campeão outra vez da Copa do Brasil, em cima do próprio Flamengo.
Dorival teve trabalhos elogiáveis na maior parte dos clubes que passou, mas, verdade seja dita, nunca longevos. Injustamente ou não, na maioria das vezes era contratado por times que estavam em crise ou lutando contra o rebaixamento.
Seu trabalho mais marcante havia sido naquele Santos de Neymar e Ganso, que encantou o Brasil, no já longínquo ano de 2010, o qual também não durou muito tempo, devido a sua precoce saída após briga com Neymar.
Os citados últimos três trabalhos de Dorival acabaram com sua fama de treinador “bombeiro” e o credenciaram a um justo e merecido convite para assumir a seleção brasileira.
Quem vive no meio do futebol costuma dizer que as coisas mudam muito rapidamente, mas sair do ostracismo para o lugar mais alto do futebol brasileiro em apenas dois anos, é algo extraordinário até para os boleiros.
Caso consiga a façanha de conquistar o Hexa em 2026, daria enredo para um belo filme.
