Agora não é mais possível errar. A partir desta semana, a grafia de Braz Cubas, fundador da Vila e atual cidade de Santos está padronizada na cidade. A nova legislação municipal, publicada no Diário Oficial, regula a grafia do explorador português.
Segundo a administração, a adequação deve ser feita dentro do período de cinco anos. Depois disso, não podem mais haver o novo erro.
Proposta pela vereadora Telma Sandra Augusto de Souza, a Lei n° 4.032 irá padronizar a grafia de Braz Cubas com a letra “z” em documentos, publicações, divulgações, peças publicitárias, equipamentos públicos, monumentos e logradouros do município, quando em referência ao fundador da Vila de Santos.
Publicada no Diário Oficial na última segunda-feira (25), a legislação prevê que, na impossibilidade de substituição da grafia, em razão da descaracterização do patrimônio, deverá ser fixada uma placa próxima ao monumento com a citação da grafia correta, com menção à nova lei. As alterações devem ser feitas dentro do prazo de cinco anos.
Conheça a história de Braz Cubas
Braz Cubas foi um fidalgo e explorador português, nascido na cidade de Porto em 1507. Em 1531, ele chegou ao Brasil juntamente com a expedição de Martim Afonso de Sousa, fundador da Vila de São Vicente. Em 1536, recebeu terras na recém-formada Capitania de São Vicente, onde desenvolveu a agricultura da cana-de-açúcar, um dos mais importantes produtos do Brasil na época.
Ele chegou a ser o maior proprietário de terras na Baixada Santista, onde construiu um Porto, uma capela e a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos. E foi deste local, que nasceu à Vila de Santos, atual cidade de Santos.
Braz Cubas foi responsável pela transferência do porto da Ponta da Praia para o Centro, nas cercanias de Outeiro de Santa Catarina. Ele ainda se tornou governador de São Vicente em duas ocasiões, entre 1545 e 1549 e de 1555 a 1556. Já em 1551, foi nomeado pelo Rei D. João III como provedor e contador das rendas e direitos da capitania e, no ano seguinte, ergueu o Forte São Filipe da Bertioga.
Braz Cubas morreu no dia 10 de março de 1592, aos 85 anos. Ele era fidalgo da Casa Real e um dos homens mais respeitados em São Vicente. O título de Alcaide-mor passou para seu filho, Pero Cubas.