Mais um capítulo da condenação do jogador de futebol, Robinho, foi revelado. Agora a Justiça da Itália divulgou novos áudios que complicam a situação do atleta, que foi condenado após três instâncias a cumprir a prisão de nove anos de prisão.
A informação foi divulgada em um podcast do UOL, trechos de falas do ex-jogador já davam mostras do conteúdo delicado exposto: “Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá”. Em outro momento, ele aparenta estar preocupado: “C***o se esse bagulho sai na imprensa, vai me f***”.
Durante as conversas na gravação da Justiça italiana em 3 de janeiro de 2014, Robinho, em conversas com Jairo, seu amigo, nega as acusações e ri
“Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem ai. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou “, disse.
O ex-atacante confirma que viu seus amigos fazendo sexo com a mulher que os acusa de estupro e incrimina os companheiros.
– Os moleques que estão f*** Olha como Deus é bom. Eu nem toquei na menina, agora eu vi o Rudney ‘rangando’ (SIC) ela, e os outros caras rangando (SIC) ela. Então os caras que rangaram ela vão se f…” – diz Robinho.
“Se ela for acusar, ela vai acusar o Claytinho (Cayton Florêncio dos Santos) que tocou nela. De resto, ninguém tocou nela” concluiu Robinho.
Nas conversas com Ricardo Falco, Robinho mantém o discurso de que não conhece a vítima e comenta que iria dizer caso a polícia o chamasse para depor.
“Primeiro, o bagulho faz um ano. Segundo: Não toquei nem nessa menina. Quem tocou nela está lá no Brasil. Vai atrás do pessoal que está lá no Brasil. Ah, quer ir atrás dos caras, pô, vai lá no Brasil lá, irmão. Vai Lá no Brasil. O importante é que eu nem conheço essa mina, nem conheço ela. Vê se ela tem meu telefone, se ela já me beijou. Nem conheço”, diz trecho do áudio.
Neste momento, Robinho estava confiante de que o caso não avançaria, mas fica preocupado com a possibilidade da notícia sair na mídia e todos ficarem sabendo.
“Mas não vai dar em nada. Agora se sair no jornal, vou apelar com esse cara”, afirma.
“Ninguém vai dizer que vocês fez porra nenhuma com a mina, nem tu (Ricardo Falco) nem o Jairo. Para os moleque vai, para o Seu Claytinho, para o Seu Galan, pro Seu Alex. O Galan não, ele não fez nada, mas se a mina botou o nome dele, vou fazer o quê? Agora Claytinho, Rudney e Alex, tá morto”, garantiu Robinho.
Em seu depoimento a polícia italiana, Ricardo Falco, que também foi condenado no caso, foi perguntado sobre o envolvimento de Robinho na história e garantiu que o ex-jogador não fez nada de errado:.
“Não, ele (Robinho) estava na festa, no local, mas e daí? Estava lá participando da festa, no samba, mas não tem nada a ver, não sabe nem quem é”, afirmou Falco.
Em outro trecho, o ex-jogador liga para seu terceiro amigo envolvido naquela noite. De todos, Alex é o que aparenta estar mais preocupado e questiona os passos seguintes da investigação.
“E agora? Vai entender se a mina teve filho ou não, ninguém sabe se ela teve, se ela não teve, a polícia não vai falar.
Alex rebate o questionamento de Robinho dizendo que se a vítima não tiver um filho, seria a palavra dela contra a deles. O brasileiro termina a chamada concluindo que a parte boa é que a discoteca não tinha câmera. O cara que o Jairo contratou falou assim, que a única coisa boa é que os cara tá lá no Brasil e na discoteca não tinha câmera, porque se pegasse a câmera, os cara ia pegar eles até no Brasil. Como não tinha câmera, vai ficar meio embaçado pra mina provar que estupraram ela se ela não tiver grávida”.
STJ vai julgar
Após o vazamento do áudio, o Superior Tribunal de Justiça marcou para o dia 2 de agosto a o julgamento que irá tratar do pedido do governo italiano para que Robinho cumpra no Brasil a pena do crime de estupro a que foi condenado na Itália.
A Corte Especial, composta por todos os 15 ministros mais antigos do STJ, vai realizar a análise do caso. Além disso, o órgão também vai retomar a leitura de um pedido da defesa de Robinho para ter acesso à tradução do processo no qual o ex-atleta foi condenado no país europeu. Em abril, o ministro João Otávio de Noronha interrompeu a conclusão do julgamento após o ministro Francisco Falcão, relator do caso, negar o recurso do ex-jogador.
Em fevereiro deste ano, o governo italiano pediu a homologação da decisão da Justiça do país para que Robinho pudesse cumprir a pena no Brasil, justamente o que ainda está em avaliação pelo STJ. A solicitação das autoridades da Itália se dá porque a lei brasileira não permite extradição de cidadãos natos para cumprir pena em outros países.
No mês de março, o ministro Falcão já havia determinado a entrega do passaporte do ex-jogador à Justiça como uma medida excepcional. Robinho, apesar de continuar em liberdade, também está proibido de sair do país.