O Porto de Santos poderá contar com o hidrogênio verde. É o que espera o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, que se reuniu na terça-feira (07/11) com a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, em Brasília.
Ele fez a solicitação ao governo federal, para que houvesse o apoio do Ministério ao projeto de produção de hidrogênio verde no Porto. O gás é utilizado na Europa e além da produção ser prática, também é ecologicamente correto, evitando a poluição. Anderson Pomini justifica a necessidade do hidrogênio verde.
“No Porto, já temos uma usina hidroelétrica, chamada Itatinga. A partir de instalação de um eletrolisador junto à Usina de Itatinga, a APS teria condições de produzir o hidrogênio verde com a água abundante que tem à disposição, depois armazená-lo, transportá-lo por vários modais, inclusive dutos, até os consumidores, que seriam os terminais portuários, navios acostados no cais, além de empresas, indústrias e moradias da região. Há também a possibilidade de exportar o excedente”, explica.
Com a produção de hidrogênio verde, uma das iniciativas é a eletrificação do cais, permitindo que os navios atracados deixem de usar, no Porto, combustível fóssil. É um dos principais projetos associados à ideia de um porto mais sustentável.
Ainda na audiência, Pomini também apresentou à ministra o projeto de implementação de um centro tecnológico. Ele será uma referência em tecnologia portuária com a presença de incubadoras e startups, na área revitalizada do Parque Valongo.
Apoio garantido
A ministra Luciana Santos indicou apoio ao projeto de produção de hidrogênio verde. “Estamos focados na transição energética, é nossa prioridade e o que vocês apresentaram aqui vai ao encontro do que defendemos”, disse ela.
“É uma área que lideramos, temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e vocês, com a usina hidroelétrica, têm uma variável de competitividade que os coloca em posição mais estratégica para avançar nesse desafio”, acrescentou.
A ministra Luciana Santos sugeriu ainda que uma forma de apoio do MCTI ao projeto poderia ser feita por meio dos editais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).